Livro sobre cardiologia vira best seller

A cardiologia nuclear, um dos métodos mais avançados no diagnóstico de problemas do coração, é o principal tema do livro Nuclear Cardiology & Correlative Imaging (Cardiologia Nuclear e Imagens Correlativas), escrito pelo médico brasileiro João Vítola em parceria com a americana Dominique Delbeke, da Vanderbilt University Medical Center, do estado de Tennessee. A inter-relação entre a cardiologia nuclear e outras formas de diagnóstico é abordada em 18 capítulos, distribuídos em 500 páginas.

Há três anos, os dois profissionais começaram a preparar o conteúdo do livro, visando o preenchimento de uma lacuna na literatura médica. “Era uma necessidade ter um livro como esse para a comunidade internacional. Como o objetivo é abranger o maior número de pessoas, principalmente nos Estados Unidos, Europa, Japão e também América Latina, foi escrito em inglês”, afirma Vítola.

De acordo com ele, a publicação faz uma revisão completa sobre os métodos de diagnóstico do coração, mas com foco na área nuclear. A correlação abrange a ressonância magnética, o ecocardiograma, entre outros. “Há livros especializados, mas que tratam os mesmos temas separadamente. O enfoque principal é o paciente”, explica.

O livro já foi lançado nos Estados Unidos e obteve uma boa aceitação na classe médica, se tornando um dos best sellers do segmento. “Existem projetos para a tradução para português e espanhol, mas ainda não há previsão para isso. Estamos conversando com a editora”, comenta Vítola. O lançamento oficial no Brasil acontece hoje, a partir das 19h30, na Associação Médica do Paraná, em Curitiba. O evento contará com palestras de Vítola, Dominique e do médico americano Robert Hendel, de Chicago.

Avanço

Vítola avalia a medicina nuclear como uma das formas mais avançadas de diagnóstico existentes atualmente. Ela consegue quantificar o risco do paciente em ter um enfarte, por exemplo. “É uma ferramenta preciosa e está numa fase muito boa de desenvolvimento. A cardiologia nuclear permite a identificação do problema e a definição do tratamento. Para saber como a pessoa será tratada, se torna necessário conhecer os riscos. A tecnologia é um divisor de águas”, considera. O método também é aplicado no acompanhamento de pacientes que já tiveram problemas de coração. “É uma forma de acompanhar a resposta ao tratamento, diminuindo os riscos, melhorando os sintomas e aumentando a sobrevida dos pacientes”, ressalta Vítola. Os autores já estão pensando em elaborar outra edição do livro, daqui a dois anos, com as novidades da área.

Voltar ao topo