Justiça pede conciliação entre índios e Ibama

O impasse envolvendo os índios avá-guarani instalados no Parque Nacional do Iguaçu há pouco mais de um mês deve se estender por mais alguns dias. O juiz da 2.ª Vara Federal Cível de Foz do Iguaçu, Rony Ferreira – responsável por julgar o pedido de reintegração de posse das terras feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última segunda-feira – decidiu ontem, por não apreciar a liminar em lugar de uma audiência de conciliação entre as partes.

Foram intimados a participar da audiência, marcada para o próximo dia 18, o Ibama, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ministério Público Federal (MPF) e o cacique Simão Tupã Retã Vilialva, representante dos índios, além do proprietário da área de 300 alqueires em que o Ibama intermedia possibilidade de compra para alocar os avá-guarani acampados no Parque.

De acordo com a decisão, Rony Ferreira justifica que "estão em disputa direitos especialmente protegidos pela Constituição Federal de 1988" e considerou "a gravidade e a urgência dos fatos".

O cacique Simão Tupã reafirma a vontade de permanecer na área, mas diz que irá obedecer à decisão da Justiça. "Só depois da compra de uma nova área vamos sair do Parque Nacional do Iguaçu. Queremos floresta para resgatar nossa cultura, mas o que podemos fazer?", questiona.

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