Justiça garante retirada de lixo em Londrina

A resistência de alguns proprietários de imóveis a permitir a ação da Coordenação de Endemias da Secretaria Municipal da Saúde de Londrina forçou o órgão a entrar na Justiça para ter o direito de recolher entulhos dos locais. Os ambientes criados pelo lixo, úmidos e escuros, são os preferidos para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Só este ano, Londrina registrou 21 casos da doença, seis deles contraídos na própria cidade e outros 16 importados. Em todo o Paraná já são 464 casos confirmados, e a cidade de Goioerê, é a recordista de casos: 135, todos locais.

Ontem, de posse de 21 mandados expedidos pelo juiz Luís Tucunduva de Moura, da 2.ª Vara Cível de Londrina, e acompanhados de oficial de Justiça e agentes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), técnicos da secretaria iniciaram o recolhimento do entulho nas propriedades, muitas vezes alvos de reclamações da vizinhança. ?Começamos em dois locais críticos, duas casas nas quais houve muita resistência. De uma tiramos cinco caminhões de lixo e da outra, um, cheio?, afirmou o coordenador de endemias da secretaria, Luiz Alfredo Gonçalves. As referidas propriedades ficam no Conjunto Casoni, na região central, e no conjunto Flores, na região sul.

Ele explicou que o Ministério da Saúde orienta visita em ao menos 10% das residências de cada cidade, porém alguns moradores se recusaram a receber os agentes de saúde. ?Eles guardam os entulhos, de roupas velhas a garrafas de plástico, mas não se conscientizam do mal que isso pode causar.? Em algumas casas e apartamentos, os agentes até puderam entrar, mas não retirar o lixo. ?Por isso recorremos à Justiça. Sem a autorização legal, não poderíamos agir?, afirmou Gonçalves. A intenção dos agentes é concluir o recolhimento do lixo das 21 residências indicadas pelos mandados até o final da segunda-feira.

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