Jovem descobre que “morreu” em 2000

Ao chegar à agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Willian Borges Gonçalves Carneiro, de 25 anos, descobriu que tinha ?morrido? no dia 14 de maio de 2000.

Pelo menos é o que constava no seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) no órgão. Com isso, o jovem que foi ao local para passar por uma perícia médica para a concessão de auxílio doença, saiu sem ter a demanda atendida e com muitas dúvidas.

?Eu temo que isso possa acarretar outros problemas, como na hora de solicitar o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat) ou até mesmo que alguém esteja recebendo algum outro benefício no meu nome?, falou. Segundo Willian, ninguém na agência do INSS soube explicar como isso aconteceu, tão pouco em qual cartório estava registrado a certidão de óbito em seu nome. ?Eles só me disseram que iriam resolver o problema e marcaram nova perícia para o dia 23?, disse. O órgão também fez Willian assinar uma declaração de que ele ?estava vivo? e que no dia 14 de maio compareceu à agência. Antes de servir ao Exército, no período de 2004 a 2007, Willian trabalhou em diversos locais e até movimentou conta bancária. E nunca teve problemas com os documentos. ?Fiquei muito surpreso com a notícia e até meus familiares brincam que agora sou um ?morto-vivo?, falou.

Foto: Daniel Derevecki

Agência onde o jovem foi atendido.

De acordo com a chefe da Divisão de Benefícios do INSS em Curitiba, Mara Regina Sfier, o que aconteceu com Willian foi apenas um erro de digitação cometido por um funcionário de um supermercado que o jovem trabalhou no ano de 2000. A chefe do órgão explicou que todas as empresas mandam mensalmente os dados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) via on-line para o INSS. ?Na hora que eles foram preencher o campo da rescisão de contrato, colocaram erroneamente no campo de óbito, e por isso consta essa informação. É um erro comum, que acontece por falta de atenção?, explicou.

Segundo Mara, esse tipo de informação não traria qualquer problema para Willian, pois é um cadastro acessado apenas pelo INSS. Ela garantiu que ontem mesmo o dado foi corrigido e uma nova perícia foi marcada para o dia 19 de maio. 

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