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Invasão em Piraquara perto de solução

As cerca de 300 famílias que ocupam dois terrenos no Guarituba, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, deverão desocupar a área em breve. Dois motivos geraram o possível término da invasão nos dois terrenos: uma ação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e uma reunião de um oficial de justiça com os invasores.

A primeira área foi invadida no começo de outubro e a segunda, no início de novembro. Na quarta-feira, o juízo da comarca de Piraquara concedeu liminar na ação civil pública proposta pelo MP-PR.

De acordo com o promotor Marcelo Luiz Beck, a ação acusa o grave dano ambiental causado em virtude da presença das famílias. “Solicitamos a desocupação total dos terrenos. A razão são os eventuais danos ambientais que podem ser gerados nessa área de manancial que abastece a região”, afirmou.

O outro motivo envolve a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), responsável pela autorização da reintegração de posse. Questionada, a secretaria informou que uma reunião com os invasores e um oficial de justiça resultou na estipulação de um prazo.

No encontro, os invasores se comprometeram a deixar o local até este final de semana. Caso isso não aconteça, a Sesp disse que vai estudar uma operação para retirada das famílias.

Para o secretário do Meio Ambiente de Piraquara, Gilmar Clavisso, o tempo em que os invasores ficaram no terreno não deverá causar danos ambientais futuros na área de manancial.

“A invasão afetou o local no momento, mas existe grande possibilidade de recuperação da área, até porque vamos retirar todas as edificações já existentes”, garante.

Quando isso acontecer, o secretário afirma que irá trabalhar na transformação dessas áreas de manancial em parques. “O objetivo é transformar todas essas áreas em parques através de atividades. Um exemplo é a mineração, que pode ser feita ali desde que haja anuência do município”, revela.

Segundo ele, o minerador fica com o compromisso de entregar a área para a prefeitura, conforme projeto. “Eles exploram e em troca devolvem para o município em forma de parque”, ressalta.