Inquérito sobre roubo de energia já está na Justiça

O inquérito que apura o desvio de energia da Copel, feito por uma empresa frigorífica, já está com o promotor da 4.ª Vara Criminal de Maringá. Nos próximos dias, um juiz deverá analisar o processo para proferir decisão. A fraude cometida pelo Frigorífico Maringá, localizado na divisa entre os municípios de Paiçandu e Maringá, foi flagrada na última terça-feira, e gerou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão à Copel, conforme estimativa do assessor jurídico da empresa paranaense de energia, Luís Carlos dos Santos.

A polícia de Paiçandu informou que essa não foi a primeira vez que o frigorífico comete esse tipo de infração. Há cerca de seis meses, técnicos da Copel já tinham percebido que o registro apresentado no medidor da empresa diferia muito dos valores de consumo registrados nas médias anteriores. Mesmo alertado, o frigorífico – um dos maiores da região, com mais de trezentos funcionários, que chega a abater seiscentas cabeças de gado em um único dia e exporta carne para vários países – continuou com a fraude, que foi constatada oficialmente no último dia 23 de dezembro.

Naquele dia, utilizando um mandado judicial expedido por um juiz, técnicos da Copel estiveram na empresa, que pertence à família do ex-deputado estadual Ricardo Maia. Uma equipe de policiais acompanhou a vistoria. A fraude ficou comprovada: lacres da fiação tinham sido rompidos, e o medidor havia sido alterado. Com essa artimanha, o Frigorífico Maringá desviava cerca de dois terços da energia consumida. Ou seja, a cada 3 quilowatts-hora utilizados, dois eram ?apagados? do registro. Durante a vistoria, peritos fotografaram o material.

Provas

Equipamentos fraudados e fios foram retirados do local pelos técnicos e anexados ao inquérito como provas materiais da fraude. A Copel estima que o desvio de energia vinha acontecendo há pelo menos oito meses. A companhia deverá pedir na Justiça o ressarcimento dos valores devidos pelo frigorífico.

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