A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multaram ontem, em R$ 500 mil, a empresa Ingrax pelo derrame de derivado de petróleo no Rio Atuba, na Grande Curitiba, na terça-feira da semana passada.
Além da multa, o IAP exigiu que a empresa apresente em trinta dias um diagnóstico dos danos ambientais causados pelo acidente e o plano de recuperação da área afetada. No termo de compromisso assinado pela Ingrax, a empresa deverá ainda fazer auditoria ambiental em sua unidade.
Dos 21 mil litros de extrato neutro pesado, produto derivado do petróleo usado na fabricação de graxa e óleo lubrificante, 6 mil atingiram os rios Atuba e Iguaçu. O vazamento ocorreu durante o transbordo do produto de um caminhão da Transportadora Dalcóquio para o tanque fixo da empresa.
Além de provocar contaminação hídrica, o material prejudicou parte da vegetação ciliar dos rios. O produto percorreu 15 km, até a altura do Zoológico de Curitiba. O acidente mobilizou equipes da Defesa Civil, IAP e Secretaria do Meio Ambiente, que durante uma semana coordenaram os trabalhos de limpeza.
O vazamento aconteceu entre Curitiba e Pinhais, depois do trevo do Atuba, próximo à BR-116. “O acidente ocorreu por falha humana. Durante o transbordo do produto, a válvula de alívio ficou fechada, evitando a saída dos gases e causando o rompimento do tanque”, explicou o gerente de produção da Ingrax, Manoel da Silva Filho.