Infestação da dengue cresce no Estado

O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, nas regiões norte e noroeste do Paraná, com clima mais quente, está próximo de 18%, enquanto o aceitável é de até 4%.

A análise é preliminar do secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, que na semana que vem começa uma caravana contra a dengue no município de Sarandi, norte do Estado.

Na próxima segunda-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) deve divulgar os números atualizados da doença, assim como o índice de infestação nos municípios.

“A infestação está aumentando e o passo seguinte é aumentar o número de casos”, antecipa o secretário. “A principal política em relação à dengue é sensibilizar as pessoas o máximo possível, para que não mantenham criadouros do mosquito”, acredita Martin.

Mesmo com mais casos, a situação até agora está dentro do previsto pela Sesa, porque três subtipos da doença estão circulando pelo Estado, o que pode aumentar inclusive o número de casos mais graves, os de dengue hemorrágica.

Em Maringá, nessas primeiras semanas do ano, já são nove casos confirmados da doença, dos quais oito foram divulgados ontem, o que demonstra um crescimento rápido desde o último dia 8, quando eram 16 notificações e um caso confirmado.

São sete casos autóctones (contraídos na própria cidade) e mais 87 casos suspeitos, até o momento. “Pelo último levantamento, o índice de infestação no município já estava alto, de 3,8% (o aceitável é até 1%), número com o qual era impossível não ter pessoas contaminadas.

Mas os casos não estão fugindo muito da curva de incidência da doença dos últimos anos, quando temos uma alta neste período”, avalia o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi.

A situação mais crítica é nos bairros Champagnat, Oásis, João Paulino, Branca Vieira, Colina Verde e Pinheiros, com índice de infestação de 13,5%. De acordo com análise do município, o principal criadouro do mosquito está em água parada no meio do lixo de resíduo sólido, nas residências, como em garrafas pet e copos plásticos a céu aberto, além de pratos de vasos de plantas e pneus.

“São todos passíveis de serem retirados pelos moradores, o que mostra a falta de envolvimento das pessoas, apesar dos mais de 10 anos de campanhas ininterruptas”, lamenta o secretário.

Gripe A

As temperaturas mais altas desse mês têm contribuído para que não aconteçam novas mortes provocadas pela gripe A (H1N1) no Paraná. Com sintomas semelhantes aos da dengue, a gripe A tem tratamento completamente diferente e é para isso que as regionais da Sesa têm alertado os profissionais de saúde, já que há possibilidade de confusão no diagnóstico.

Desde junho do ano passado, quando os primeiros casos da gripe A foram confirmados, já são 56.945 pessoas que tiveram a doença no Paraná, confirmada por exames laboratoriais e critérios clínicos e epidemiológicos. Dessas, 290 morreram.

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