Ibama nega proibição de vans e táxis em parque

O chefe do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), Jorge Pegoraro, contestou anteontem as críticas de empresários do setor de turismo de Foz do Iguaçu sobre uma suposta medida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que decretava a proibição de táxis e vans de circularem no interior da unidade de conservação, a partir de fevereiro de 2004.

?As medidas citadas pelos empresários, na verdade, foram apresentadas em forma de propostas, durante uma reunião no dia 18 de dezembro na administração do PNI, com a finalidade que esses profissionais tragam as contrapropostas para o Ibama analisar?, esclareceu Pegoraro.

Na reunião o chefe do Setor de Manejo do Parque, Ivan Baptiston, apresentou a representantes do setor turístico e autoridades da área, o Programa de Controle de Velocidade e de Acesso de Veículos no Interior do PNI. A iniciativa busca reduzir o número de animais atropelados devido ao fluxo de veículos no local.

De acordo com as estatísticas do PNI, em 1999 foram registrados vinte casos. Em 2000, o total de casos subiu para 31, em 2001 caiu para 25 e no ano passado totalizou apenas 21 registros. Já em 2003, o número saltou para 36 animais atropelados.

Medidas

A próxima reunião entre o Ibama e o setor envolvido está marcada para o dia 26 de janeiro de 2004. De acordo com a direção do PNI, algumas medidas estão sendo providenciadas para coibir os atropelamentos. Para 2004 está prevista a modernização do portão de acesso ao parque, onde será instalada uma cancela eletrônica.

A via terá ainda sinalização viária e instalação de radares controladores de velocidade. Outra medida é o cadastramento de todos os motoristas de turismo que utilizam os serviços do parque.

?O Ibama está utilizando todas as suas forças para normatizar os serviços de transporte de visitantes no interior da unidade, tentando dessa forma buscar o menor prejuízos para todos que utilizam a estrutura?, disse Pegoraro.

História

Desde de dezembro de 2000, quando o serviço de entrada e recepção dos visitantes foi concessionado, ficou proibida a entrada de carros particulares no interior da unidade de conservação. O trajeto até as quedas e outros locais de visitação é feito por sistema de transporte próprio da empresa concessionária.

A proibição do tráfego de carros particulares, bem como a delimitação da velocidade na via está prevista no Plano de Manejo, documento técnico que determina as principais diretrizes de administração do PNI. De acordo com o estudo, a estrada está situada numa zona de uso intensivo, ou seja, de uso público.

Pegoraro relembra ainda que, os empresários assinaram um documento, no ano de 2000, onde tinham conhecimento de tais medidas. ?Na verdade, não estamos inventando nada, todos sabiam dessas medidas?, concluiu.

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