Ibaf denuncia caso de racismo em Araucária

Saul Dorval, da Ibaf, e Mozart de Quadros, advogado.

O Instituto Brasil e África de Curitiba (Ibaf) convocou ontem uma entrevista coletiva para denunciar um caso de racismo que teria ocorrido em uma unidade de saúde de Araucária. Segundo o presidente da entidade, Saul Dorval da Silva, no dia 3 de março, uma servidora pública municipal foi até o Núcleo Integrado de Saúde da cidade munida de uma receita para retirar uma medicação. Devido a um desentendimento, o farmacêutico que a atendeu teria feito diversas ofensas raciais à servidora na presença de diversas testemunhas.

A servidora então procurou o Ibaf, que através do advogado Mozart de Quadros denunciou o crime à polícia, à Prefeitura e ao Ministério Público. ?A demora em vir a público com o fato se deve à preocupação que tomamos para que não fosse uma denúncia vazia. Além disso, é preocupante a vagarosidade que a polícia, a promotoria e a Prefeitura estão apurando o caso?, explica o advogado. Na opinião de Mozart, todos esses órgãos estariam deliberadamente atrasando as investigações do caso. O funcionário foi acusado de crime de racismo, apologia ao dito popular racista e perjúrio racial, todos previsto no Código Penal brasileiro.

A Prefeitura de Araucária, por meio de uma nota, afirmou que foi aberta uma sindicância no dia 19 de junho e que as investigações prosseguem. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a promotoria e com a delegacia que investigam o caso.

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