Humanização no tratamento de saúde é prioridade no Marcelino Champagnat

Considerado um dos mais modernos hospitais da região Sul, o Hospital Marcelino Champagnat é reconhecido pela estrutura moderna e tecnologia de ponta que oferece aos seus pacientes e profissionais de saúde e que há seis meses vem se consolidando como um centro hospitalar de excelência. Mesmo com essa realidade avançada, o hospital não abre mão de um recurso simples no processo terapêutico dos seus pacientes: o calor humano.

Este trabalho se dá por meio do serviço da Pastoral do Hospital Marcelino Champagnat, uma ferramenta essencial do núcleo de Humanização do hospital. O responsável por este serviço é Cléverson Martins Teixeira, de 29 anos, um jovem candidato a posição de Diácono (um membro da Igreja Católica, que não é padre, mas pode realizar os rituais), que descobriu nessa atividade um talento nato para dar conforto e apoio tanto aos pacientes quanto aos seus familiares. A sua função é importante e quase singular, principalmente nos momentos mais difíceis de dar um diagnóstico ou anunciar a morte de alguém. “Quando o médico dá um diagnóstico de risco é importante deixar que pacientes e familiares desabafem e gritem suas dores”, diz.

A rotina da pastoral é totalmente voltada para acalentar o sofrimento e angústia de quem está em tratamento ou internado no hospital. “Somos um ombro amigo num momento difícil da vida de cada um”, reflete Teixeira, que costuma trabalhar de 8 a 10 horas. Durante a manhã, geralmente, ele ministra os sacramentos como a confissão, a comunhão e também a unção dos enfermos.

À tarde, abre a agenda para visitar os doentes e, especialmente para ouvir pacientes, familiares, enfermeiros, médicos e outros profissionais. Também à tarde, ele reserva um período para visitar os pacientes internados na UTI. Implantada há seis meses, a Pastoral tem tido uma procura crescente das pessoas (pacientes e familiares), que veem neste serviço um apoio para enfrentar o dia a dia da internação ou do tratamento. “Os familiares buscam no meu anonimato uma forma de desabafo e até mesmo de encontrar uma solução para o drama que vivem naquele momento. Muitos não me verão mais, mas naquela hora de aflição sabem que podem contar comigo”, explicou.

Outro aspecto interessante do serviço é o tempo e a atenção reservada aos próprios colaboradores do hospital. Segundo Cléverson, apesar de lidar de forma profissional com situações de morte constantemente, médicos e enfermeiras acabam se envolvendo emocionalmente com as histórias e situações dos pacientes. “Em momentos de luto, é importante ouvirmos também os colaboradores para que eles possam se sentir consolados da mesma forma e também para que lembrem como é importante cuidar da própria saúde”, efatiza.

A Pastoral do Hospital Marcelino Champagnat tem orientação católica, mas Cléverson afirma que pessoas de todas as religiões o procuram e que o trabalho desenvolvido busca oferecer conforto espiritual independente da religião.