Precariedade

Hospital Regional do Litoral ainda não funciona plenamente

Unidade de Terapia Intensiva (UTI) funcionando parcialmente, falta de equipamentos e móveis, unidade de terapia semi-intensiva vazia. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindSaúde-PR), questiona a demora da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em equipar o Hospital Regional do Litoral, para que a instituição funcione plenamente e atenda pacientes não somente de Paranaguá, mas de outros municípios da região.

De acordo com a coordenadora-geral do sindicato, Mari Elaine Rodella, o hospital está em funcionamento desde 2005, quando o governo do Estado comprou a massa falida.

“A estrutura do edifício está boa, entretanto, ainda faltam diversos equipamentos e móveis. A impressão que passa é de que tudo está sendo feito na base do improviso”, reclama.

Fábio Alexandre
Unidade de terapia semi-intensiva está vazia, sem equipamentos.

Além disso, segundo Mari, existem outros problemas como a falta de um local adequado para a lavanderia, o tamanho do refeitório que seria pequeno para o número de funcionários, e a contratação de trabalhadores sem concurso público.

Outro item questionado pelo sindicato é o não cumprimento da Lei n.º 11.108/05. Segundo essa lei, é permitida, em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Prazo

Dezembro deste ano é o prazo prometido pela Sesa para deixar o hospital funcionando plenamente. Segundo o diretor-geral da instituição, Carlos Eduardo Marcondes Lobo, o hospital ainda tem salas vazias e muita coisa precisa ser mudada. Contudo, ele garante que quem necessitar da instituição não terá dificuldades em ser atendido.

Fábio Alexandre
Quartos sem pacientes.

Para o diretor-geral do hospital, a reclamação do SindSaúde-PR está, em parte, equivocada. Lobo diz que, apesar de faltar alguns materiais e de que unidade de terapia semi-intensiva estar vazia, toda semana chegam caminhões trazendo equipamentos.

“Claro que precisamos fazer adequações, porém estamos dando conta de atender a população com o que temos. Não se equipa um hospital desse porte do dia para noite”, afirma. Ele diz ainda que setores como a UTI e o centro cirúrgico estão funcionando, ainda que parcialmente. 

Sobre o problema da lavanderia e do refeitório, o diretor-geral garante que há um plano para uma nova adequação, a ser realizado em 2009. Todavia, Lobo questiona a informação de que a Lei 11.108/05 não estaria sendo cumprida e assegura que ela é respeitada. A assessoria de imprensa da Sesa informa que um concurso público e um novo teste seletivo para o hospital está programado para fevereiro de 2009.