Hospital de Maringá com problemas

Pacientes que necessitam de quimioterapia em Maringá, no Norte do Estado, podem enfrentar dificuldades para ter acesso ao serviço. Na última semana, dirigentes do Hospital Santa Rita, que oferece o tratamento através do Sistema Único de Saúde (SUS), descobriram que a entidade havia sido descredenciada e não constava na lista do Departamento de Informática do SUS (Datasus) deste mês.

?O Datasus é responsável pelo processamento dos atendimentos e encaminhamento dos pagamentos. Se o hospital não voltar a figurar na lista, irá deixar de receber pagamento e, devido a isso, terá que suspender seu serviço de quimioterapia até que o problema seja resolvido?, comenta o superintendente do Santa Rita, Hiran Alencar Mora Castilho.

Mensalmente, o hospital atende entre oitocentos e mil pacientes. O atendimento é marcado com cerca de trinta dias de antecedência e, por enquanto, continua acontecendo normalmente. Segundo Hiran, caso não seja realizado o recredenciamento, os pacientes com atendimentos já marcados serão atendidos, mas terão que ser suspensos novos agendamentos.

Se isto vier a acontecer, os maringaenses terão que se dirigir ao Hospital do Câncer, que é considerado um estabelecimento de referência, mas que, de acordo com o superintendente, terá dificuldades em absorver uma grande quantidade de pacientes.

?Há uma demanda crescente pelo serviço de quimioterapia. Desta forma, o mesmo deveria estar sendo ampliado e não reduzido?, diz.

Os dirigentes do hospital não conseguiram uma explicação para o fato de o nome do estabelecimento não mais constar na lista do Datasul, e estão contando com a ajuda do deputado federal maringaense Ricardo Barros (PP-PR) para tentar resolver o problema. ?Este assunto vem sendo tratado com prioridade e a expectativa é de que o nome do hospital volte a constar na lista do Datasul o quanto antes.?

O chefe do setor de oncologia cirúrgica do hospital, Alvo Orlando Vizzoto Júnior, informa que, de 1984 até 2001, o Santa Rita era um centro de referência de alta competência em oncologia. Em 2001, o título foi passado ao Hospital do Câncer, o que resultou na destinação de menores valores a cirurgias oncológicas realizadas pelo Santa Rita através do SUS. Antes do descredenciamento do serviço de quimioterapia, o hospital recebia cerca de R$ 100 mil para realizar entre 180 e duzentos procedimentos ao mês.

O Estado entrou em contato com o Ministério da Saúde. A assessoria de imprensa confirmou que o serviço de quimioterapia do Santa Rita não estava credenciado, mas não soube dizer por que o nome do hospital não mais constava na lista do Datasus. 

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