Hormônios e tecnologia no tratamento cardíaco

O diretor clínico e de serviços de prevenção e reabilitação do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo, Antônio Carlos Pereira Barretto, esteve esta semana em Curitiba, participando do primeiro seminário científico da Clínica Cardiológica Costantini. Ele falou sobre as novidades no tratamento da insuficiência cardíaca. Entre elas, o uso de substâncias para facilitar o diagnóstico e o tratamento da doença, como também o uso de marca-passo. Doenças do coração são a principal causa de morte no País.

Segundo o médico, 4% da população brasileira apresenta insuficiência cardíaca, sendo uma das principais causas de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirma que apesar de toda a tecnologia empregada nos tratamentos ainda não se conseguiu evitar o problema. Geralmente o quadro de insuficiência são decorrentes de complicações do infarto do miocárdio e de hipertensão.

Entre as novidades de tratamento estão algums drogas que antes eram até contra-indicadas, como o pró-BNP e BNP, que está sendo usado há cinco anos. Embora ele esteja em fase experimental tem trazido bons resultados. No entanto, alguns médicos ainda não utilizam as substâncias. “Precisamos mudar esses conceitos”, diz Barreto.

O pró-BNP e o BNP são hormônios que ajudam tanto a confirmar se o diagnóstico está correto como no tratamento. A medição da dilatação cardíaca também é ajuda no diganóstico. Segundo Barreto, antes os médicos que tratavam a insuficiência não tinham mecanismo de precisão para ter certeza sobre a eficácia dos medicamentos usados.

Além dessas substâncias o uso de marca-passo é mais uma das novas alternativas de tratamento. Dos pacientes que têm insuficiência cardíaca grave, 30% pacientes precisam de um marca-passo para sincronizar os batimentos cardíacos. Mas, por enquanto, a novidade custa caro, R$ 30 mil. Em alguns casos o SUS até cobre a despesa. Mas Barreto afirma que a tendência é a redução dos custos com o tempo.

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