Os guardas municipais de Curitiba anunciaram o início de greve por tempo indeterminado para o próxima segunda-feira (22). A principal reivindicação dos trabalhadores neste primeiro momento diz respeito ao piso salarial: atualmente o salário é de R$ 410,00. A categoria exige R$ 1,3 mil, correspondente ao salário base mais 50% de gratificação. Ao todo, 70% dos 1.745 guardas municipais da capital vão aderir à greve.
O movimento pela greve acontece desde o dia 23 de novembro do ano passado, quando houve uma paralisação de 24 horas, e inclui uma pauta com 14 reivindicações. Entre os principais problemas apontados pela categoria está a falta de material de proteção individual como escudo de proteção, capacete e caneleira e a regulamentação do porte de arma.
“No início do mês, dois guardas foram autuados em flagrante por porte ilegal. Precisamos que a lei federal, que institui o porte de revolver 38 e pistola seja cumprida”, afirma o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismuc), Diogo Monteiro.
No último dia 12, a prefeitura de Curitiba havia oferecido 6% de aumento salarial a partir de abril deste ano e o percentual restante em 2011. O município também ofereceu melhorias no plano de carreira, que prevê que cada nível – guarda, supervisor e inspetor – passe a ter três classes: 3ª, 2ª e 1ª. O projeto permitiria ganhos acumulados de 5% na passagem da terceira para a segunda classe e 6% da segunda classe para a primeira.
Segundo Monteiro, a categoria está aberta às negociações, mas a prefeitura de Curitiba ainda não se posicionou. “Esperamos uma contra-proposta que corresponda às nossas expectativas”, afirma.