Guarda Mirim precisa de oito milhões para reforma

Construído em 1936, o prédio que abriga hoje a Guarda Mirim em Curitiba está precisando de reformas. A direção da instituição está tentando conseguir os recursos para a obra através de programas de incentivo à cultura. De acordo com avaliação de arquitetos, seriam necessários R$ 8 milhões para recuperar o imóvel.

Segundo o diretor da Guarda Mirim, Nivaldo Vieira Lourenço, o prédio tem um significado histórico para o bairro. Isso já foi demonstrado através de um abaixo-assinado de apoio, que reuniu 1,5 mil adesões de moradores das regiões do Ahu, São Lourenço, Barreirinha e Boa Vista. “Ele faz parte da história dessa região da cidade”, diz Lourenço.

Quando foi construído, na década de 30, a casa era residência de religiosas, que mais tarde passaram a acolher idosos e pessoas carentes. A capela, construída no segundo andar do prédio, foi por muitos anos a sede da Igreja Medianeira. Em 1974, o prédio foi adquirido pelo governo do Estado para a implantação de um centro de integração comunitária, que dava assistência a menores carentes. Anos depois, a casa passou a abrigar a Guarda Mirim, que atualmente atende 1.259 adolescentes entre 14 e 17 anos, com atividades de educação e aprendizagem.

Com três andares, distribuídos em 7 mil metros quadrados de área construída, o prédio nunca passou por uma reforma, o que comprometeu ainda mais a construção. Hoje o local apresenta problemas de infiltrações e rachaduras nas paredes, escadas e forros danificados pela ação de cupins e parte hidráulica deficiente. Por causa desses problemas, o banheiro da parte superior da casa teve que ser desativado.

Lourenço conta que em 1999 a reforma da casa foi aprovada através da Lei Rouanet (de incentivo à cultura), mas como não conseguiu patrocinadores, o projeto não foi executado. A saída agora, diz o diretor, será apresentar um novo projeto ao Ministério da Cultura e para outras iniciativas que também possam viabilizar os recursos. “Como o valor é grande, o Estado não tem condições de assumir a obra. Por isso temos que ir em busca de outros mecanismos”, finalizou.

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