Grito dos Excluídos no Dia da Independência

Uma atividade ?não oficial? marca hoje, a partir das 10h, as comemorações do Dia da Independência. Enquanto o tradicional desfile de Sete de Setembro ocupa a avenida Cândido de Abreu, no mesmo espaço, o Grito dos Excluídos será dado. O ato, realizado em todo País há 12 anos, tem o tema Brasil: na força da indignação sementes de transformação.

Independente das atividades oficiais, os ?excluídos? – movimentos sociais, pastorais, sindicatos e simpatizantes – se reúnem em frente à Prefeitura e seguem o trajeto até a Praça 19 de Dezembro. Além de Curitiba, em Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Irati também acontecerão mobilizações.

De acordo com a representante da coordenação dos Movimentos Sociais, Maria Izabel Machado, o evento é um meio de ?questionar a falsa independência?. Ela explica que, em nível nacional, são três os principais eixos de discussão e reivindicação. ?Queremos fazer uma denúncia do modelo econômico vigente, que prioriza poucos; tornar públicas as conseqüências dessa má distribuição; e propor alternativas?, explica.

O representante das pastorais sociais, dom Ladislau Biernaski, ainda esclarece que, entre outros assuntos que podem surgir durante o ato, também serão questionados com o Grito dos Excluídos temas como a participação do povo na política; a ética na política; a necessidade de mais investimentos nas questões sociais; além da urgência em se reverter o leilão da Vale do Rio Doce.

Passeata

Dando início às atividades extras da semana da Independência, uma passeata especificamente a pedido da anulação do leilão da Vale do Rio Doce foi realizada ontem. Com faixas, cartazes e carro de som, os manifestantes se reuniram em frente à Universidade Federal do Paraná, na Praça Santos Andrade. O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Ulisses Kaniak, explica que em 2005, após a decisão judicial de segunda instância, uma brecha legal foi aberta, possibilitando a reversão do processo de privatização da empresa. Portanto, segundo Ulisses, ?ainda há tempo para conscientizar a população?.

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