Greve na UFPR depende de mais uma assembléia

Os professores e estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão em compasso de espera. Em assembléia realizada na quinta-feira pela Associação dos Professores (Apufpr), foi aprovado o indicativo de greve para o dia 25, por 35 votos favoráveis e 17 contrários. Apesar do baixo número de professores que participou da assembléia – 72 para um contigente de 1,7 mil professores da ativa – a decisão é legítima.

No entanto, diversas reuniões e assembléias, em nível local e nacional, estarão acontecendo até a data marcada.

De acordo com a presidente da Apufpr, Maria Suely Soares, uma assembléia antes do dia 25 é que vai definir a deflagração de greve. Ontem, a Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes) realizou reunião em Brasília. Para hoje, está marcada plenária dos servidores públicos federais também em Brasília.

Para Maria Suely, um dos principais agravantes da reforma da Previdência é a estipulação de teto de R$ 2,4 mil para aposentadoria, o que obrigaria os professores que querem se aposentar com salários maiores a pagar um fundo de pensão (previdência complementar). Outros pontos combatidos são a idade mínima para a aposentadoria e a taxação de inativos. Além disso, muitos professores estão se aposentando ou pedindo aposentadoria, com medo da mudança. Segundo Maria Suely, só na UFPR são cerca de 200 nessas situações. A última grande greve da UFPR foi em 2001, quando os professores ficaram cerca de cem dias parados. O calendário escolar não foi restabelecido ainda.

A Reitoria da UFPR informou, através de nota, que “sobre o indicativo de greve marcado a partir do dia 25 de junho sabe que o mesmo deve, ainda, ser levado à reunião nacional da Andes – Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior e à Fasubra – Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras – em Brasília para que a decisão seja trazida para a UFPR e apreciada pela assembléia local. Assim, acredita no bom senso das autoridades nacionais para que o diálogo prevaleça e a comunidade acadêmica não sofra com situações extremas”.

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