Durou apenas um dia a greve dos coletores de lixo em Londrina. Os funcionários da empresa Fossil Saneamento Ltda, responsável pela coleta das 300 toneladas de lixo geradas diariamente na cidade, que estavam parados desde a manhã de quarta-feira, votaram em assembléia pelo fim da paralisação. Os coletores aceitaram a proposta da diretoria da empresa de aumento salarial de 8,57%. Com isso, o salário base passará de R$ 448,00 para R$ 497,00. Inicialmente, a reivindicação era de 15%.
Com a decisão, os serviços de coleta de lixo na cidade voltaram ao normal por volta das 15h de ontem. Só nesta quinta-feira, mais de cem toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas em Londrina. A Prefeitura já estava utilizando outros caminhões e funcionários terceirizados para realizar o serviço. O impasse nas negociações só foi resolvido numa reunião realizada ontem pela manhã.
"Saímos vitoriosos nas reivindicações, principalmente no que diz respeito às melhorias nas condições de trabalho", comemorou Manassés Oliveira, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Londrina (Siemaco). Segundo o sindicalista, além do aumento salarial acima da inflação e aumento de 10% no valor do vale-refeição, a Fossil se comprometeu a, em 90 dias, mudar o barracão dos funcionários de local, construindo vestiário, cozinha e banheiros. "Havia apenas um vaso para todos os 95 trabalhadores da empresa", denuncia Oliveira.
Caso as novas instalações não sejam erguidas no prazo estipulado, a empresa deverá pagar multa de 10% do salário mínimo para cada um dos funcionários. Além disso, a Fossil prometeu novos equipamentos (como capas de chuva), aumento no valor da cesta básica (de R$ 40,00 para R$ 50,00) e estabilidade no emprego de 90 dias para os grevistas e 180 para os que participaram das negociações.