Grande Curitiba começa rodízio no racionamento

O rodízio no racionamento de água na Grande Curitiba começa hoje, com a interrupção de fornecimento no bairro Rebouças e de modo parcial nos bairros Água Verde, Alto da XV, Batel, Bigorrilho, Bom Retiro, Campina do Siqueira, Centro, Cristo Rei, Hugo Lange, Jardim Botânico, Juvevê, Mercês, Parolin, Pilarzinho, Prado Velho, São Lourenço, Seminário e Vista Alegre. Nesse primeiro dia, 209.486 pessoas serão atingidas pelo racionamento. Nos locais pré-determinados, o fornecimento será cortado às 14h, só retornando amanhã, às 16h. De antemão, a Sanepar informou que, em alguns locais, o fornecimento poderá voltar depois desse horário e no máximo às 22h.

Problema na lavagem de roupa.

Como alguns bairros estão em mais de um lote, a Sanepar disponibilizou em seu site um campo chamado ?consulta rodízio?, no qual basta o consumidor digitar o número de matrícula para saber em qual dia o imóvel em que vive ou trabalha vai ter o abastecimento cortado. Outra opção é ligar no número 115, ou ainda ir até o escritório de atendimento ao público da Sanepar, na Travessa Alfredo Bufren, 325, em frente à Praça Santos Andrade. A observação também é importante, pois o dia de cada lote de localidades é fixo. ?Em no máximo uma semana, todos já saberão em qual dia será feito o corte em seu bairro?, diz o gerente da Sanepar para Curitiba e Região Metropolitana, Antonio Carlos Gerardi.

Exceções

A Sanepar montou um esquema especial, com o apoio de carros-pipas, para evitar que a falta de água prejudique serviços essenciais, como de creches e hospitais. Porém, segundo informou a assessoria da empresa, o esquema fica limitado ao setor público – à exceção de clínicas que disponibilizam hemodiálise -, o que já causa polêmica.

No Hospital Pilar, a diretora responsável pelo setor, Odete Schruber, se surpreendeu ao ser informada de que terá que recorrer a carros-pipas particulares para não comprometer o setor de lavanderia, já que para o restante do hospital o poço artesiado deve armazenar água suficiente para atender os pacientes. ?Já abrimos mão de colocar algumas peças nas camas dos pacientes, mas não podemos comprometer a lavagem de material essencial, como lençóis?, diz.

Ao ser informada pela Sanepar de que os hospitais particulares não seriam atendidos, ela pesquisou quanto terá que gastar para garantir o funcionamento da lavanderia no dia do racionamento. ?Cada caminhão com 15 mil litros custa R$ 180. Preciso de três, de modo que a cada dia sem fornecimento, gastaremos R$ 540?, explica. Ela conta que em outra ocasião, em que a Sanepar fazia obras no bairro, o fornecimento foi cortado e reposto com os carros-pipas. ?Não dá para entender porque está havendo essa diferenciação.?

Garantido

Para o Hospital de Clínicas, o auxílio está assegurado. O hospital está no segundo grupo do rodízio, que terá o fornecimento interrompido amanhã. Mesmo comemorando o fato do racionamento acontecer no final de semana, quando todo o setor administrativo está de folga, o diretor de Ensino e Pesquisa, Angelo Tesser, acredita que o hospital terá de recorrer ao socorro do carro-pipa. ?A capacidade de reserva na caixa d?água e na cisterna é grande, mas nosso consumo também é?, diz o médico. 

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