Governo não se manifesta sobre caso Syngenta

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou ontem que não irá se manifestar sobre o teor do inquérito que responsabilizou nove seguranças e o dono da empresa NF Segurança, Nerci Freitas, pelos crimes que resultaram na morte do sem terra Valmir Mota de Oliveira, o Keno, e do segurança Fábio Ferreira, durante confronto na fazenda da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, há um mês. O documento foi entregue esta semana ao Ministério Público Estadual.

No inquérito, apenas o sem terra Celso Ribeiro de Barbosa foi responsabilizado pelo crime de esbulho possessório (invasão com violência e ameaça de bens alheios). No entanto, sua advogada, Gisele Cassano, acredita que a acusação contra Celso é controversa. ?Vamos esperar para ver se o MP aceita a denúncia.?

Já o advogado dos seguranças, Hélio Ideriha Junior, considerou o inquérito ?vergonhoso e parcial?. A promotora que deve examiná-lo, Fernanda Garcez, está de licença médica e só terá acesso ao documento hoje. Ontem, cerca de 400 sem terra realizaram um ato ecumênico em homenagem a Keno. 

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