Geologia debatida em encontro em Curitiba

Começou no último domingo e vai até a próxima sexta-feira o 10.º Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos (SNET), com oito sessões temáticas, doze conferências com reconhecidos cientistas nacionais e internacionais e mais de 300 inscritos. Apesar de as palestras apresentarem títulos bastante técnicos, uma das preocupações dos profissionais é mostrar um pouco do que é e quais as contribuições da geologia.

"Essa ciência é pouco divulgada para a sociedade. Se as pessoas procurassem, veriam que estão cercadas de um mundo de curiosidades incríveis. É um outro mundo. O nosso interesse é divulgar e interagir", explica o coordenador do evento, Fernando Mancini.

Sobre o tema geral do simpósio, o geólogo explicou, brevemente, a importância dos processos tectônicos (entre eles terremotos e outros movimentos da terra), segundo ele os responsáveis pelo relevo de hoje. "Se não houvesse, a gente teria um planeta morto, como Marte é hoje", explica. Entre as curiosidades dos estudos da área, apontadas por Mancini, estão "os carbonatos de Colombo, que são vidas de mil anos atrás. Tem o Pico do Marumbi, cuja configuração tem toda uma história geológica, não sendo simplesmente um morro", completa.

Mostrar a utilidade desse tipo de pesquisa também é a preocupação do professor Peter Christian Hackspacher, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). "Podemos fazer previsões sobre áreas que podem ter potencial menor ou maior para construção civil e de estradas, que podem trazer risco maior ou menor, antecipar situações em que a viabilidade econômica pode ser maior ou menor", explica o pós-doutor em geologia.

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