Funcionários do Serpro mantêm paralisação

A 11.ª mesa de negociação entre a diretoria do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e seus funcionários em greve, ontem, não trouxe avanços nas negociações salariais e pedidos feitos pelos grevistas, que completam hoje uma semana de paralisação. Além do Paraná, outros 12 estados aderiram à greve.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindpd/PR), Julio Cesar Justi, a empresa está sendo intransigente com seus funcionários.

“Estamos pedindo o que é justo. Não entendemos como a Serpro, que é a maior empresa do ramo na América Latina, não atende as nossas reivindicações. Como eles não aceitaram, ficaremos em greve até que a empresa apresente uma proposta justa”, adianta.

Segundo ele, algumas bases da Serpro já estão começando a ter problemas por conta da paralisação. “Uma central de processamento de dados de São Paulo já foi parada por conta da greve”, revela.

Por meio de sua assessoria, a Serpro afirmou que não tinha ainda uma posição sobre a remarcação de uma nova data, bem como a criação de uma nova proposta, o que deve acontecer hoje.

Impasse

As negociações entre os dois lados começaram em março. Naquela época, a categoria pedia um reajuste de 16%, que posteriormente foi reduzido para 8,53%.

Eles queriam ainda o percentual corresponde à inflação e mais 3% de ganho real, abono salarial de R$ 3 mil e 11,29% de reajuste no vale-refeição. O acordo seria válido por um ano e, ainda, não haveria descontos pelos dias paralisados.

No entanto, na última semana, durante a 10.ª mesa de negociação, a Serpro apresentou uma proposta oferecendo 5,53% de reajuste retroativo a maio de 2009; abono de R$ 1 mil a ser pago em fevereiro de 2010; 5,50% em maio de 2010, acordo válido para dois anos e desconto dos dias paralisados em dinheiro.