Funcionários da limpeza pública ameaçam parar na capital

Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba notificaram ontem a Cavo, empresa responsável pela operação do serviço, da possibilidade do início de greve na quinta-feira.

O aviso tem de ser dado com pelo menos 72 horas de antecedência, conforme delimita a lei. Os trabalhadores estão descontentes com o reajuste oferecido pela empresa para o vale-alimentação, de 5,43%.

A única maneira de evitar a greve seria a apresentação por parte da Cavo de uma nova proposta até amanhã. Na última proposta, foi oferecido reajuste salarial de 8%, mas a empresa manteve os 5,43% de aumento para os tickets, o que desagradou a categoria, levando os trabalhadores a deliberarem pela greve no último domingo.

A Cavo informou ontem que não comentará por enquanto as ameaças dos trabalhadores. Também não há ainda posicionamento por parte da empresa quanto ao reajuste, mas o Siemaco, sindicato que representa os funcionários, garante que só aceitará a proposta se o aumento for semelhante ao oferecido para os salários.

Greve geral

Já os trabalhadores dos setores têxtil, vestuário, couro e calçados, representados pela Federação dos Trabalhadores na Indústria do Paraná (Fetiep), prometem iniciar negociação junto aos patrões pela redução da carga horária de 44 para 40 horas semanais. Além disso, as categorias devem iniciar campanha para aumento salarial. ?Comparado a Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o Paraná é o Estado que tem os salários mais baixos nesses setores?, afirma o presidente da Fetiep, Luiz Gin.

A deliberação pelas negociações aconteceu durante o II Fórum Sindical Sul, em Matinhos, no litoral, semana passada. Na ocasião, as federações dos trabalhadores dos estados do Sul também deliberaram por colher assinaturas para uma possível greve geral dos trabalhadores, que envolveria todos os empregados na indústria brasileira em um dia de protesto.

Voltar ao topo