Funasa registra malária em sete indígenas

Sete índios da aldeia Santa Rosa do Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Estado, estão com malária. Segundo a chefe da Divisão de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Paraná, Ana Maria Nóbrega Góes, o primeiro caso apareceu na aldeia no dia 14. Foram tomadas medidas para evitar o contágio, e desde o dia 19 ninguém mais apareceu com a doença.

Ana Maria explica que na aldeia existe uma equipe de profissionais da saúde que atende os índios. Ela é composta por um médico, um dentista, uma enfermeira, um agente indígena de saúde e um agente indígena de saneamento. Em umas das visitas domiciliares do agente de saúde, ele constatou que uma menina de 12 anos tinha sintomas que correspondiam a malária: mal-estar, febre alta, calafrios intensos, dor de cabeça e náuseas. Foram feitos exames e o resultado foi positivo.

Segundo Ana Maria, a adolescente teria contraído a doença fora da aldeia e dois dias depois de ter retornado começaram a aparecer os sintomas. Até o dia 19, apareceram outros seis casos na aldeia, sendo quatro autóctones e três importados. Todos eles moram próximo à casa da menina.

Ana Maria explica que todos já estão sendo tratados e o quadro de saúde deles é estável. Inclusive, o medicamento não é entregue aos pacientes. É ministrado pelos próprios agentes. A malária é transmitida pela fêmea do mosquito anofelino, num processo de contágio semelhante ao da dengue. Os índios têm o costume de visitar as aldeias da região e nos países vizinhos há um expressivo número de casos de malária. Ana Maria diz que todas as medidas para evitar que a malária fizesse mais vítimas foram adotadas. Entre elas, o controle de entrada de pessoas na aldeia, com a coleta de sangue para a realização de exames. 

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