Encontrar um carro inteiro na frota da prefeitura de Campo Magro é raridade. Dos 30 veículos, entre máquinas, ônibus e veículos pequenos, apenas dois estavam rodando neste começo de ano. A única ambulância que atende os 25 mil habitantes é um amontoado de peças de outros veículos.
“Juntamos peças de outros carros e em quatro dias conseguimos montar a ambulância. Não tínhamos nenhuma para atender a população”, conta o secretário municipal de Transporte e Obras Públicas, Mário Laércio Menegusso. Outras três ambulâncias estão paradas no pátio da secretaria, duas delas sem a menor condição de uso. Macas e cadeiras de rodas também estão abandonadas no almoxarifado.
Mas os problemas com a frota são ainda maiores. Nenhum dos quatro ônibus da Secretaria Municipal de Educação está apto a rodar. Há menos de um mês do início das aulas, a prefeitura vai apelar para a locação emergencial. “Vamos fazer contrato especial emergencial para atender os alunos. Não vamos ter tempo para consertar estes ônibus, todos estão com problemas”, explica o chefe de gabinete, Alcione Gaspar Pinto.
Sem freios
O problema com os veículos de transporte escolar preocupa a população. O motorista e mecânico Francisco da Cunha teme pela segurança do filho. “Ano passado o ônibus que levava meu filho não tinha freios, andava sem condições. Foram dois acidentes por falta de freio, sorte que ninguém se machucou. Espero que neste ano mude”, comenta.
Dívida de R$ 1 mi no INSS
Além do sucateamento da frota, a nova administração municipal, sob o comando do prefeito Louvanir Menegusso, acusa o antigo prefeito José Antônio Pase, de não recolher o INSS, deixando dívida de R$ 1 milhão e vai prejudicar o pagamento dos salários de janeiro, folha que soma R$ 900 mil. “Não sabemos de onde vamos tirar recursos para pagar o salário. O dinheiro que entrar será captado para o INSS, porque você não pode ficar devendo”, afirma Gaspar.
O ex-prefeito não foi localizado pela reportagem para se posicionar sobre as acusações de má administração.
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