Curitiba, Região Metropolitana e Litoral tiveram 39 casos de queimaduras na virada do ano. O Hospital Evangélico da capital, que é referência neste tipo de ocorrência, atendeu todas as vítimas das 7h de terça-feira (31) até as 9h de ontem. Desses pacientes, 19 se machucaram ao manipular fogos de artifício, sendo cinco crianças.
O caso mais grave ocorreu com um rapaz de 27 anos, que teve os dois olhos feridos ao soltar baterias de fogos, na noite de Réveillon, em Guaratuba. Após o incidente, ele foi levado pelos pais para o Hospital Evangélico, em Curitiba, onde foi operado. Segundo o hospital, a vítima corre o risco de perder a visão de um dos olhos, por conta de uma perfuração de córnea.
Entre as crianças, duas ficaram internadas. O caso mais complicado ocorreu com um bebê de dois anos e meio, morador de Paranaguá. Ele brincava com o irmão de 10 anos, que resolveu comprar fogos de artifício de pequeno porte. Quando foram explodir as bombinhas, uma garrafa de álcool que estava perto do local acabou explodindo e feriu parte do rosto e quase todo o corpo do bebê. De acordo com a assessoria do Evangélico, a criança não corre risco de morte, mas ainda não há previsão de alta.
As demais entradas no Pronto Socorro do Evangélico foram por queimaduras com água ou óleo de frituras. Além dos 19 atendimentos de queimados por fogos de artifício no Ano Novo, outras dez pessoas já haviam sido atendidas por este tipo de acidente desde o Natal.
A orientação dos médicos em casos de queimadura é lavar o local com água corrente e colocar um pano no local do ferimento para evitar infecções. De acordo com a assessoria do hospital, único a atender queimaduras na capital, os pacientes costumam ser levados por familiares, já que os Bombeiros só atendem casos de maior gravidade.