Se você está se preparando para prestar concursos, esqueça aquela mania muito comum nesta época do ano de deixar as coisas só para o ano que vem. A regra para quem pretende conquistar uma vaga no funcionalismo público é manter o foco e não perder o ritmo de estudos durante o período de festas e de férias. Caso contrário, o candidato pode ter seu desempenho na prova prejudicado, mesmo que a pausa seja por “apenas” uma semana.
“Depois de um período sem estudar fica mais difícil de readquirir o ritmo. É mais demorado”, alerta o consultor do site Rota dos Concursos, Larisson Mendes. Esta época do ano precisa de atenção especial pelos candidatos, que podem ter a casa vazia por causa da viagem de férias do restante da família, como também podem encontrá-la cheia de hóspedes para as festas de Natal e Ano Novo. Nestes casos, é importante destinar um local exclusivo para os estudos, onde não haja interferência de outras pessoas, como uma biblioteca, por exemplo.
O consultor orienta que o ideal é encontrar um ponto de equilíbrio entre as festividades e os estudos, sem extremismos. “O estudante precisa se manter focado, mas sem deixar de participar dos eventos. Muitos acham que para se preparar para o concurso público precisam tirar todos os prazeres da vida e estudar bastante, mas isso fica insustentável, gera muita dor”, diz. Assim, não é preciso deixar de conviver com a família nem faltar aos eventos, porém, sem esquecer o foco.
Assim como os eventos, as viagens também não são proibidas, desde que sejam curtas, como em um final de semana. “Viajar ou não é sempre um dilema para o concurseiro”, afirma Mendes, que não aconselha viagens muito longas, principalmente próximas ao dia das provas. “Os estudantes que gostam de estudar e conseguem uma folga no fim do ano aproveita este período, mas é bom fazer isso sem extremismo”, destaca.
Focada
Há três anos se dedicando aos concursos públicos, a contadora Maria Célia Fernandes, 51, que mora em Brasília, já se acostumou a manter o ritmo de preparação no final do ano. Ela acha mais fácil conciliar os estudos com as tarefas domésticas durante as férias das duas filhas, de 15 e 20 anos, mas mesmo assim deixa de participar de algumas atividades em família. “Abro mão de viagens, eles vão e eu fico, e só me reúno com a família no dia do Natal”, conta.
Apesar de ficar chateada em algumas situações, ela considera o esforço necessário. “Começo a ficar triste, mas quando lembro que vai ser um benefício para o resto da vida sei que compensa abdicar agora e depois ter mais tranquilidade. Luto para ser uma servidora, acho que até pela minha idade esta é a saída”, afirma ela, que estuda todos os dias em casa e já passou em algumas seleções, mas não chegou a ser convocada.
