Famílias continuam na antiga sede do Banestado

Hoje completa dez dias que um grupo de cerca de quarenta famílias do Movimento Nacional de Luta pela Moradia invadiu o prédio da antiga sede do Banestado na região central de Curitiba. Mesmo com liminar de reintegração de posse, assinada pelo juiz Benjamin Acácio de Moura e Costa, da 14.ª Vara Cível, na semana passada, os sem-teto resistem em deixar o local.

“A gente só sai daqui se a Prefeitura disponibilizar outra área para a reforma urbana. Caso contrário, vamos ficar morando aqui”, afirmou o coordenador do movimento, Anselmo Schwertner.

Na quinta-feira, o oficial de justiça Mario Monteiro levou a liminar ao coordenador do movimento, que se recusou a aceitar. Segundo Monteiro, o documento foi devolvido ao juiz que deverá indicar o reforço policial para se fazer cumprir a decisão, caso a parte (Banestado) fizer a solicitação.

Para o advogado Carlos Bernardo Carvalho de Albuquerque, que representa o grupo de sem-teto, não deverá haver coação policial. “Existem muitas mulheres, idosos e crianças no local. Acreditamos que a polícia terá sensibilidade”, declarou. O advogado afirmou que deve entrar esta semana com recurso de agravo no Tribunal de Justiça, pedindo a cassação de liminar concedida ao Banestado. “A princípio, vamos alegar o abandono do imóvel, que está desocupado há mais de um ano e meio e que não vem cumprindo sua função social. Além disso, Curitiba não conta com plano de habitação popular”, adiantou o advogado.

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