Falta de remédios persiste

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) anunciou, na última semana, ?a compra emergencial de 45 medicamentos de alto custo em quantidade suficiente para os próximos 60 dias?. O lote, prometido para este final de semana, até agora não chegou.

Na última terça-feira, a Tribuna divulgou a situação da família Naumann, que luta para conseguir o Prograf, medicamento usado por transplantados para evitar a rejeição do órgão. Ontem, mais uma vítima procurou o jornal. Mara Lúcia de Lima, de 36 anos, tem doença de Chrom. Trata-se de uma inflamação crônica no sistema digestivo, cuja complicação pode ser fístulas (perfurações) intestinais.

Para evitar crises da doença, que é hereditária e incurável, ela toma o remédio a base de Azatioprina. ?No início da semana o medicamento acabou, fui buscar mais na central da Saúde. Eles informaram que não tinha e que estavam sem previsão de receber. Perguntei o que faria, me falaram que quem tem dinheiro compra na farmácia e quem não tem suspende o tratamento. Eu não posso ficar sem?, comenta. Diante dessa situação, Mara contou com a colaboração do local onde trabalha para comprar o medicamento de R$ 220.

O Ministério Público disse que está acompanhando o caso por meio da Promotoria de Saúde Pública de Curitiba.

A Secretaria de Saúde adotou um novo sistema de centralizar a autorização das compras de medicamentos. Dessa forma, será possível saber exatamente quais e quantos são os remédios adquiridos por ordem judicial, além de seu custo. O governo do Paraná também criou uma câmara técnica para avaliar os processos de aquisição de medicamentos.

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