Falta de reconhecimento prejudica alunos de curso

Profissionais que participaram do curso de educação à distância de Transações Imobiliárias, promovido pelo Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Paraná (Sindimóveis), em parceria com o Instituto Educacional e Empresarial XV de Novembro, de São Paulo, no fim do ano passado, estão se sentindo enganados. Eles dizem que o certificado do curso está sendo emitido sem o visto-confere da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e que, por isso, não vem sendo aceito no País.

O assessor parlamentar Deversi Gamarros dos Santos, da Câmara Municipal de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, conta que se matriculou no curso, recebeu o material didático e participou de aulas presenciais na sede do sindicato. Em 19 de outubro do ano passado, se deslocou até São Paulo para fazer uma prova e foi aprovado. No início deste ano, pegou o certificado e descobriu que ele não era válido.

“Notei que faltava o visto-confere da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo”, conta. “Fui atrás para saber o que estava acontecendo e descobri, por meio de publicação no Diário Oficial paulista, que desde o dia 29 de setembro do ano passado o visto não estava mais sendo conferido. Como o meu certificado foi emitido no dia 17 de dezembro, não recebeu o visto e deixou de ser aceito. Me sinto enganado.” Nos últimos dias, Deversi fez uma denúncia ao Ministério Público em Colombo.

O funcionário público Paulo César Marzani, de Campo Largo, também na Grande Curitiba, diz ter a mesma sensação. “Fiz um curso para me aprimorar e tentar melhorar as minhas condições de vida”, diz. “Perdi tempo e dinheiro com o pagamento do curso e viagem a São Paulo. Quando peguei o certificado, fiquei indignado ao descobrir que ele não tinha validade.” Os participantes pagaram R$ 896,00 pelo curso, mas dizem que não querem o dinheiro de volta e sim o reconhecimento do certificado.

Sindimóveis

O presidente do Sindimóveis, Daniel Fuzeto, garante que o visto-confere vai ser emitido pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e acusa os participantes do curso de quererem denegrir a imagem do sindicato. “Depois que o comunicado foi publicado em Diário Oficial, foi dado um prazo para que o visto continuasse sendo emitido. Para pegar o visto, os participantes do curso devem vir até o sindicato para conversar”, explica. Daniel nega que o certificado não esteja sendo reconhecido.

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