Estudo aponta influência do contrabando

Mais de 23% da população de Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina), garante a subsistência na informalidade. Desse contingente, pelo menos 50% estão a serviço do contrabando e descaminho, atividades mantidas graças à fiscalização da Receita Federal.

A constatação é do estudo ?Considerações sobre o combate ao contrabando em Foz do Iguaçu – A abordagem integral de combate e o desenvolvimento socioeconômico como medida necessária?, elaborado pelos técnicos da Receita Federal Samuel Benck Filho e Sérgio de Paula Santos.

O documento busca incentivar o debate sobre as causas e efeitos dessa prática na fronteira. A iniciativa quer ainda incitar a busca por soluções que possibilitem redirecionar a parcela da população envolvida com a entrada ilegal de mercadorias.

O estudo, com base no Censo Demográfico de 2000, quando Foz do Iguaçu tinha pouco mais de 258 mil habitantes, foi concluído em janeiro. Cerca de 41% (106 mil), dos pesquisados pelo instituto, revelaram manter algum tipo de ocupação, desse total, 41.240 estavam no mercado formal (carteira assinada) e 61.378 na informalidade.

?Não seria nada absurdo afirmar que apenas em Foz, cerca de 30 mil pessoas (50% dos informais) poderiam estar envolvidas com as práticas de contrabando?, dizem.

Segundos eles, a atividade é fonte de sustentação econômica para uma parcela significativa da população e como praticamente não houve alterações nesse quadro, é prudente acreditar que os índices percentuais também tenham se mantido. Os números, de acordo com o diagnóstico, são mais alarmantes se levados em conta o contingente de pessoas na informalidade, nas cidades às margens da BR-277, no trecho entre Foz do Iguaçu e Santa Tereza do Oeste.

?Serão 91.378 pessoas com ocupação informal?, dizem. (Agência Front)

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