Estacionamentos temem prejuízos no “Dia sem carro”

Os donos de estacionamentos localizados no anel central de Curitiba já começam a calcular o prejuízo que terão na próxima segunda-feira, quando acontece o “Dia sem carro”, promovido pela Prefeitura Municipal. Ao todo, 72 quadras do centro de Curitiba terão circulação restrita para táxis, veículos de emergência e de serviços essenciais. Os veículos particulares terão de evitar tais vias, e os estacionamentos estarão praticamente fadados a fechar o dia “no vermelho.”

“Nosso movimento vai cair em quase 80%”, prevê Jamille Carla Alves, do estacionamento Auto Park, localizado na Rua Presidente Farias -uma das vias que será bloqueada. Segundo ela, o movimento diário é de quase 150 veículos. “Muita gente vai ficar revoltada. Clientes nossos, por exemplo, já disseram que não vão aderir e não vão andar de ônibus nem a pé. Vão de táxi mesmo”, conta. Para o encarregado do Auto Park Marechal – localizado na esquina da Marechal Deodoro com a Marechal Floriano – Gabriel dos Santos, a expectativa é que não haja um único cliente. “A gente vai ter que abrir, mas o movimento vai ser praticamente zero”, prevê. Normalmente, o estabelecimento recebe cerca de 450 veículos por dia.

Taxistas

Com os veículos particulares sendo proibidos de circular em parte do anel central da cidade, quem deve ganhar com isso são os taxistas. “A gente espera que as pessoas peguem o táxi para se locomover, porque o nosso movimento ultimamente anda fraco”, comentou Laudemir Coval, taxista há três anos. Para ele, a campanha “Dia sem carro” vale pela intenção, mas não resolverá o problema. “Já está na hora de aplicar o rodízio em Curitiba”, sugere.

Voltar ao topo