Quebra-quebra

Estação-tubo no Novo Mundo é depredada

A estação-tubo Herculano de Araujo, no Novo Mundo, por onde passam os ônibus expresso das linhas Pinheirinho, Circular Sul e Santa Cândida/Capão Raso, amanheceu nesta segunda-feira (11) com todos os vidros quebrados.

Vândalos quebraram a pedradas os 16 vidros do tubo no sentido Centro e a troca terá um custo de R$ 5,6 mil, além de exigir o deslocamento de equipes e materiais à noite, quando é feito o conserto das estações para não atrapalhar a operação do transporte coletivo.

O vandalismo provocou no ano passado um prejuízo de R$ 520 mil com a quebra de peças e equipamentos em ônibus, catracas e estações-tubo. Só os reparos de estações-tubo representaram uma despesa de R$ 326 mil, além de outros R$ 72 mil com conserto de catracas em estações e terminais. No caso da frota, foram registrados danos por vandalismo em 795 ônibus, exigindo a reposição de peças e acessórios a um custo de R$ 132 mil.

Quem entrava na estação-tubo Herculano de Araujo na tarde desta terça-feira se surpreendia com o tamanho do estrago. Na opinião da consultora independente Maria Aparecida Coelho, a população está refém das ações de vandalismo. “Os motoristas e cobradores também ficam indefesos. Muitas vezes são adolescentes que têm atitudes como esta e a gente não pode fazer nada”, disse.

O estudante Guilherme Osinski imagina o que poderia ser feito com o dinheiro que é gasto para reparar os estragos. “Poderia ser investido principalmente na educação, ou mesmo no próprio transporte, para melhorar o sistema”.

O terapeuta ocupacional David Bezerra, natural de São Luiz, no Maranhão, diz que ficou espantado ao ver a estação depredada e não consegue imaginar qual seria o motivo. “Na minha cidade não tem essa estrutura que vocês têm em Curitiba. É um privilégio ter um bom transporte público, não existe igual em outros locais do Brasil”.

Prejuízo

O custo do vandalismo no sistema de transporte no ano passado não inclui 11,5 mil vidros de ônibus riscados que, se fossem trocados, representariam uma despesa de R$ 2,5 milhões o que elevaria o custo com vandalismo no sistema a R$ 270 mil. A frota de ônibus tem em torno de 35 mil vidros, ou seja, quase um terço deles estão riscados pela ação de vândalos.

Embora altos, os valores não representam o custo real do prejuízo porque boa parte dos serviços é feita por equipes próprias da Urbs dentro do trabalho diário de manutenção. Há equipes para atendimento específico na manutenção de elevadores das estações-tubo que fazem, na média, 30 consertos por mês, 90% deles em função de vandalismo. Muitas vezes o conserto exige a troca peças, algumas importadas e feitas sob medida para o padrão da cidade, o que deixa a estação por mais tempo sem elevador.

No caso da substituição de vidros de estações-tubo, o vandalismo é tanto que é preciso fazer uma programação dos serviços, com a troca, em média, no ano passado, de 70 vidros por mês.

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