Escola em Almirante Tamandaré continuará desativada

Os protestos da população que vive na Colônia Antônio Prado, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, não estão sendo suficientes para que a Escola Municipal Antônio Prado, que deixou de funcionar há cerca de um mês, seja reaberta. Ontem, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu que a instituição permanecerá desativada, conforme decisão da prefeitura de Almirante Tamandaré.

“Ficamos muito tristes e revoltados com a sentença do Tribunal. Fizemos vigílias, protestos e aulas na rua na tentativa de comover as autoridades, mas nada adiantou. É uma pena, pois a escola era bastante antiga e querida pela população”, disse o padre Leocádio Zytkowski, responsável pela igreja da Barreirinha, que fica em Curitiba, perto da escola Antônio Prado.

A prefeitura fechou a escola alegando ser uma instituição rural e com classes multisseriadas, o que prejudicaria o aprendizado dos alunos. Entretanto, segundo o padre, agora os cerca de 50 alunos que estavam matriculados lá estão estudando em escolas superlotadas, onde não recebem atenção especial dos professores. “A escola foi fechada em defesa da qualidade de ensino. Porém, nela, os estudantes recebiam um atendimento melhor e bem mais personalizado.”

A vendedora autônoma Juciara Gonçales Capel, que mora em Almirante Tamandaré, também lamentou a decisão do TJ. O filho dela, de sete anos, estudava no segundo ano do ensino fundamental da escola Antônio Prado.

“A escola ficava a cem metros de minha casa. Agora, meu filho está estudando em uma escola em Curitiba, que é contramão para nós e tem salas com muitos alunos. É pena o TJ não ter determinado a reabertura”, desabafa.

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