Funcionários da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) que têm filhos matriculados na escola Espaço da Criança, pertencente à Fundação Celepar (Funcel), temem pelo fechamento da instituição. Isso porque, nas negociações de acordo coletivo da categoria, existe a possibilidade de a Celepar deixar de fazer repasses financeiros que garantem a manutenção da escola.
Atualmente, segundo uma das coordenadoras do Espaço da Criança, Leonice Rochinski, para utilizar a escola da Funcel os funcionários da Celepar têm descontos de 2% (para meio período) ou 4% (para período integral) em seus salários. O resto é custeado pela Celepar.
Porém, a Celepar está propondo deixar de realizar os repasses e pagar auxílios aos trabalhadores para que coloquem seus filhos na instituição que quiserem e não obrigatoriamente na escola da Funcel.
“Se isso acontecer, o Espaço da Criança será bastante prejudicado, pois a Funcel não tem como manter a escola só com o que arrecada de seus associados. A instituição é antiga, funciona bem perto da Celepar e gera uma série de benefícios aos funcionários”, diz Leonice.
O funcionário Nelson Umeda, que tem um filho de dois anos matriculado na escola, lamenta que a escola possa deixar de funcionar. “A escola tem flexibilidade de horário e fica bem ao lado da empresa, o que permite, por exemplo, facilidade de amamentação. Também temos mais liberdade para questionar e cobrar determinadas coisas”, afirma.
A Celepar, por meio da assessoria de imprensa, confirma que a questão está sendo discutida. Segundo a empresa, a proposta é deixar de repassar valores (variáveis conforme o número de crianças matriculadas na escola) à Funcel e fazer o repasse aos funcionários que tenham filhos pequenos em escolas. Desta forma, os pais teriam mais liberdade de escolher onde querem matricular suas crianças.
Mas não é o que pensa a maior parte dos servidores. Em assembleia realizada ontem pelo Sindicato dos Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Paraná, eles rejeitaram a proposta da Celepar. Os funcionários prometem solicitar uma nova mesa de negociação com a empresa.