Entidades questionam faculdades de Medicina

Reivindicações da classe médica estão sendo apresentadas desde ontem, em São Paulo, durante o Pré-Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem) da região Sul-Sudeste.

Para José Fernando Macedo, presidente da AMP, um dos tópicos mais importantes do documento elaborado pelas entidades médicas paranaenses é o Plano Nacional de Avaliação das Escolas Médicas.

“Mais de 30% das nossas faculdades de Medicina não têm condições de existir. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um médico para cada mil habitantes, mas no Paraná, por exemplo, já temos um médico para grupo de 500 pessoas”, alerta.

Uma comissão liderada pelo Ministro da Educação atualmente faz a avaliação das escolas de Medicina que já existem e controla a instalação de novas faculdades. Outro tópico do documento é a sugestão de um plano de cargos e salários em órgãos públicos.

“Questionam a falta de médicos em instituições públicas, mas isso não acontece pela falta de profissionais. Principalmente nas cidades menores, o que falta é um salário condizente e condições ideais de trabalho que interessem o médico a ocupar o cargo”, explica o presidente.

Além disso, os profissionais pedem mais vagas em residência médica já que, de acordo com Macedo, 72% dos médicos formados não conseguem se qualificar. No encontro, preparatório para um nacional, em julho, representantes da Associação Médica do Paraná (AMP), acompanhados de integrantes do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRMPR) e do Sindicato dos Médicos do Paraná, apresentarão um relatório com propostas para melhorar a condição de trabalho e formação de profissionais da Medicina.

“Hoje iremos discutir os tópicos e deixar tudo definido para o encontro nacional. Apenas em Brasília teremos uma resposta para nossas propostas”, lembra Macedo.