Ensino médio para grupos indígenas

As dezessete aldeias indígenas do Paraná devem iniciar uma discussão sobre a implantação de cursos de ensino médio nas comunidades. Outra reivindicação é o reconhecimento da língua materna como disciplina obrigatória no currículo escolar. Esses pedidos estão sendo encabeçados pela Associação dos Professores Indígenas do Paraná, uma entidade criada há dois meses no Estado e que pretende lutar pela educação dos índios e descendentes.

De acordo com o presidente da Associação, Sauri Pasej Manoel Antônio ? que é formado em Filosofia, com especialização em História e Pedagogia ?, a intenção é fazer com que a cultura e língua sejam mantidas dentro das aldeias. “Não queremos que o aluno indígena saia da aldeia para estudar. Não é isso: queremos que a língua materna seja reconhecida e oferecida como obrigatória, assim como o português e o inglês”, explicou. Segundo Sauri, cerca de 5 mil alunos estudam em 27 escolas de ensino fundamental e duas escolas de ensino médio instaladas nas aldeias.

De acordo com Coordenadora de Educação Indígena, da Secretaria de Educação do Paraná, Luli Miranda, estão sendo formados professores nas línguas tupi e caingangue. “Em geral são professores índios sem formação superior que terão proficiência na língua e repassarão para as tribos através de disciplinas ofertadas na grade curricular”, disse. Ela confirmou que a Secretaria já vem trabalhando com a implantação do ensino médio nas aldeias, mas que, para isso, precisa concluir a formação dos professores.

Voltar ao topo