Em Arapongas, 3.400 mantêm ligações irregulares de esgoto

A Sanepar entregou nesta sexta-feira (23) para as secretarias municipais de Saúde e de Meio Ambiente de Arapongas a lista dos 3.407 imóveis que ainda apresentam irregularidade na ligação de esgoto. A Companhia está solicitando aos dois órgãos que tomem as providências junto aos proprietários, pois os mesmos ainda não adequaram as instalações hidráulicas do imóvel, embora tenham sido comunicados sobre esta necessidade.

?Vencido o prazo legal, sem que os proprietários tenham demonstrado interesse em regularizar a situação, não nos resta alternativa a não ser encaminhar a lista para as autoridades responsáveis pela fiscalização e punição?, justifica o gerente regional da Sanepar em Arapongas, Luiz Alberto da Silva.

Aproximadamente 14 mil imóveis, em diversos bairros de Arapongas, foram vistoriados pela Sanepar nos últimos sete meses. Foram identificadas 4.193 irregularidades. Destas, apenas 786 foram solucionadas dentro do prazo previsto para regularização.

De acordo com o gerente regional da Sanepar em Arapongas, o objetivo do trabalho, que faz parte do programa institucional ?Viva a Natureza! Se ligue na Rede!?, é corrigir o lançamento irregular do esgoto ? que é crime ambiental ? e orientar os proprietários sobre o destino correto para o esgoto, bem como para água da chuva. ?Infelizmente 25% dos imóveis vistoriados estão em situação irregular. Mesmo depois de informados sobre conseqüências danosas para toda a comunidade; os proprietários persistem no erro?, lamenta o gerente.

O coordenador regional de Meio Ambiente da Sanepar, Maurílio Tedardi, explica que há três tipos de irregularidades: esgoto ligado na galeria pluvial; esgoto ligado na fossa séptica (também sumidouro ou valeta), onde a rede da Sanepar está disponível; e saída da água de chuva (calhas e ralos externos) ligada à rede coletora de esgoto. Segundo ele, com a identificação da irregularidade, o usuário é comunicado para fazer as adequações necessárias e tem até 60 dias para resolver o problema. Ao término deste prazo, é feita nova vistoria e se o problema não foi corrigido, a situação é informada aos órgãos fiscalizadores.

De acordo com o Tedardi, a Vigilância Sanitária deverá atuar ?para que os danos ambientais e à saúde pública sejam cessados. O morador que joga esgoto na galeria pluvial está poluindo o meio ambiente e criando as condições para a proliferação de animais e doenças?, destaca.

Em relação ao uso de fossa séptica, o gerente lembra que o recurso é aceito apenas em bairros onde não há disponibilidade da rede pública de coleta de esgoto.?O usuário cujo imóvel tem a rede coletora de esgoto à disposição deve interligar o seu imóvel, conforme prevê a legislação. Além disto há riscos de desbarrancamento que podem provocar tragédias?, ressalta.

Continuidade

Outros 1,5 mil imóveis devem ser vistoriados até abril de 2008. De acordo com o gerente, a Sanepar espera que haja conscientização sobre a importância de toda a infra-estrutura, que garante o devido tratamento de 100% do esgoto coletado, antes de voltar para os rios. ?O povo paranaense é privilegiado, pois conta com infra-estrutura de saneamento adequada. A população de Arapongas deve se lembrar disto na hora de destinar o esgoto de seu imóvel e usufruir os investimentos ? caríssimos – que o governo do Paraná tem feito nesta área?, lembra Tutti.

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