Eliminador de ar pode contaminar água tratada

A população de Maringá está sob o risco de enfrentar uma situação grave de saúde pública. O problema pode ser provocado pelos eliminadores de ar, que alguns clientes estão instalando no hidrômetro de água tratada. O alerta é do diretor de Operações da Sanepar, Pierre-Yves Mourgue.

Ele explica que está ocorrendo um equívoco na aplicação da Lei 13.962, que autoriza a Sanepar a instalar tais equipamentos. Segundo essa lei, é necessário que o cliente solicite, à companhia, a colocação do dispositivo. “Isso é muito importante, pois de acordo com a legislação somente a Sanepar pode executar o serviço. Ou seja, a lei veda qualquer manipulação do hidrômetro por terceiros, sem autorização da empresa”, enfatiza o diretor da Sanepar.

A instalação aleatória desses equipamentos coloca em risco a qualidade da água. O dispositivo que eliminaria o ar tem que ter um orifício, o que deixa a rede da Sanepar aberta e exposta à eventual entrada de microorganismos, como bactérias causadoras de doenças. Outro risco é durante o processo de instalação, quando pessoas não habilitadas podem provocar a contaminação da rede. “Em caso de comprometimento da qualidade da água, o cliente poderá ser responsabilizado pelos danos à saúde pública”, lembra ele.

Pierre-Yves chama a atenção para o fato de que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) – e nenhum outro órgão credenciado – ainda não homologou qualquer equipamento. “O que foi feito foram testes parciais, avaliando algumas características de algumas marcas de eliminadores de ar”, explica.

O diretor de Operações da Sanepar tranqüiliza a população de Maringá assegurando que as redes da Sanepar estão dotadas de equipamentos homologados pelas autoridades. “A solução para eventual entrada de ar na rede, durante os serviços de manutenção, é coletiva. No mundo inteiro são instaladas ventosas, de acordo com a boa técnica da engenharia e em pontos estratégicos. Não cabe solução individual, mesmo porque o problema não existe”, explica.

Em caso de dúvida o consumidor deve procurar o escritório da Sanepar, ou telefonar para o 195.

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