Eclipse visto a olho nu

Observadores de diversas partes do mundo puderam acompanhar, com nitidez, grande parte do eclipse total da Lua -o primeiro do ano -, na noite de sábado. O fenômeno pôde ser observado a partir das 18h30 e, às 20h, no auge do fenômeno, a Lua aparecia com a cor vermelha clara, tendo sombras e bordas brilhantes e amareladas. O eclipse durou cerca de seis horas.

O eclipse é o desaparecimento momentâneo de um astro pela interposição de outro. Existem dois tipos principais desse fenômeno: o do Sol e o da Lua. O eclipse lunar ocorre quando a Lua atravessa a sombra da Terra – sempre na lua cheia -, enquanto o eclipse solar acontece quando a Lua fica entre o Sol e a Terra – na fase nova -, projetando sua sombra em nosso planeta. Os eclipses lunares podem ser totais, parciais ou penumbrais.

De acordo com o astrônomo e diretor do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná, José Manoel Luís da Silva, essa coloração é provocada pelo desvio na atmosfera das cores vermelha e laranja da luz solar – composta pelas cores do arco-íris, que resultam na chamada ?luz branca? -as outras cores não conseguem penetrar na faixa de sombra. Segundo o astrônomo, o último eclipse lunar com essas características que pôde ser observado por todo o mundo ocorreu em 27 de outubro de 2004. Neste ano, novo eclipse da Lua acontecerá em 28 de agosto, porém apenas as primeiras fases serão visíveis no Brasil.

Pesquisa

Enquanto em diversas partes do mundo as pessoas observavam a beleza proporcionada pelo fenômeno, dois grupos de pesquisadores se concentravam na região de Curitiba para colher dados para estudos. Silva comentou que uma equipe fotografou e cronometrou o eclipse, enquanto a outra fez a medição da intensidade da sombra na Lua e coloração do satélite durante as fases do fenômeno. Os resultados dos trabalhos servirão de estudos para publicações nacionais e internacionais, bem como poderão servir de bases de estudos para avaliar o grau de poluição na atmosfera, que vem provocando o aquecimento acelerado do globo terrestre.

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