Docentes da UFPR votam a favor do indicativo de greve

O governo federal rejeitou, na última semana, a contraproposta do comando nacional de greve do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Com isso, a greve continua em 37 instituições federais de ensino superior de todo o   País. No Paraná, os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) votaram ontem, mais uma vez, a favor do indicativo de greve, que foi marcado para o próximo dia 7 de novembro.

?Significa que o pessoal está propenso a aderir à greve nacional. Aumentou o grau de mobilização e o pessoal está cansado dessa situação?, afirma o presidente da Associação dos  Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR), professor Cláudio Tonegutti.

Entre os que se mantêm favoráveis à paralisação, o professor Gracialino Dias considera oportunismo a não-adesão. ?As instituições que não aderiram à greve nesse momento estão tendo uma atitude oportunista e parasitária em relação ao conjunto da categoria?, afirma. Assim como ele, muitos professores se recusaram a discutir novamente as propostas do Ministério da Educação, sem antes votar pelo indicativo de greve.

Entre avanços e retrocessos, a categoria reivindica, prioritariamente, a recomposição da perda salarial, a paridade e a isonomia das classes. Em recusa, o MEC considera as reivindicações muito acima do disponível no orçamento. No entanto, os professores avaliam a atitude positivamente, apesar da indignação, alegando que no início não havia nada e agora já houve um sinal de R$ 500 milhões liberados pelo presidente. ?Sabemos do aperto do orçamento da União, mas essas são prioridades que não custam caro.? Esse era um argumento comum durante a assembléia, na qual os professores também concordavam que não se trata do valor oferecido pelo governo, mas de como será ?dissolvido? para categoria.

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