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Diversão acontece no improviso na Vila Bela Vista

O pedreiro Luiz Carlos da Silva, 39 anos, perdeu as contas de quantas bolas já desapareceram durante os jogos de futebol entre os times Galáticos e Alto Bela Vista, na Vila Bela Vista, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Isto porque a cancha onde os jogadores treinam fica ao lado de um barranco e não tem alambrados para evitar que a bola caia longe ou se perca no meio do mato.

Mais do que o prejuízo, a situação oferece risco aos gandulas, inclusive crianças, que acabam se machucando com objetos jogados no mato, como lixo e cacos de vidro. “E mesmo com iluminação, não conseguimos jogar bola de noite porque a bola cai no mato e não achamos. Só acham de manhã e muitas vezes nem é a gente que acha”, lamenta. Sem o alambrado, os times também evitam marcar torneios no local com equipes de outras vilas.

Luiz Carlos já solicitou o alambrado diretamente ao prefeito e não quer recorrer a outros políticos no ano eleitoral. “Quero que eles venham aqui por vontade e não atrás de voto”, diz. Para que a área seja ainda mais utilizada, a sugestão do pedreiro é a instalação de um parquinho para as crianças ao lado da cancha. “Enquanto a gente joga bola ficamos de olho nelas brincando”.

Sonhos

Próximo ao campo, os jovens da Vila Bela Vista também esperam melhorias nos espaços de lazer. Os pequenos improvisam gangorras com ripas de madeira apoiadas na calçada e os garotos, sem pista de skate, utilizam um caixote para as manobras feitas no meio da rua. “Pedimos a pista há quase cinco anos, antes de vir pra cá”, conta o estudante Leandro Azevedo, 14. Ninguém se machucou gravemente na pista improvisada, mas o garoto afirma que prefere levar tombos na pista e não no meio da rua. “Na pista é melhor”, brinca.

Marco Andre Lima

Meninos e meninas se arriscam para poder se divertir. Veja na galeria de fotos os jovens.

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