Dinossauros de Almirante Tamandaré são de sucata

Dois dinossauros enormes podem ser vistos em frente a uma empresa de Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba. Algum filme de ficção, no estilo de Jurassic Park? Não. Os dinossauros foram montados com sucata por um grupo de amigos que gostam de fazer arte.

A idéia surgiu há 2 anos, com a intenção de aproveitar um material que não tinha mais utilidade na empresa: o ferro velho. “Queríamos pegar a sucata e transformar em algo útil”, conta Fábio Ceci Szezesniak, um dos idealizadores do projeto. A escolha por dinossauros não tem um motivo específico. Na verdade, o grupo desejava fazer algo em tamanho natural e a idéia dos animais extintos surgiu espontaneamente.

Assim, quinze pessoas participaram da construção da primeira estrutura, que tem 27 metros de largura e nove de altura. “O trabalho árduo durou três dias inteiros”, comenta Szezesniak. Há quatro meses, o grupo se reuniu novamente e montou outro dinossauro, um Tiranossauro Rex de oito metros de altura. Todo o processo, como a modificação do ferro, as soldas, foram feitas no momento da montagem. Como a sucata é um material que já sofreu desgastes físicos, estima-se que a vida útil de cada dinossauro seja de 10 anos.

De acordo com o idealizador, ainda faltam alguns retoques nas estruturas. “Temos que colocar mais ferro nos dois. Quando uma pessoa vai observar, às vezes perde a linha do dinossauro, fica muito vazio”, justifica. Depois disso, o objetivo do grupo é construir um terceiro exemplar. “Mas vai demorar um ano porque é difícil juntar todo mundo”, explica Szezesniak.

Os dinossauros não provocam medo em ninguém, pelo contrário. Os moradores do Jardim Paraíso, onde fica a empresa, já se acostumaram com as gigantes estruturas metálicas. As escolas da região também organizam visitas no local. “Eles gostam da idéia do aproveitamento do resíduo, além de ser algo diferente”, conta o idealizador. A Prefeitura de Almirante Tamandaré queria tirar os dinossauros da frente da empresa. “Eles gostariam de transferi-los para um lugar público ou no circuito de ecoturismo da cidade”, afirma Szezesniak. “Mas não foi possível porque não dá para desmontar as estruturas. Senão, cai tudo”, avisa.

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