Dia dedicado a São Francisco de Assis

A Igreja Católica dedica o dia de hoje a São Francisco de Assis, considerado o santo protetor dos animais. Durante toda esta semana, uma série de comemorações estão sendo realizadas em diversas igrejas espelhadas pelo mundo.

Em Curitiba, são doze paróquias administradas pela Ordem Franciscana. Entre elas estão a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, nas Mercês, a do Senhor Bom Jesus, na Praça Rui Barbosa, e a Paróquia de São Francisco, no Boqueirão. Todas também têm uma programação extensa de celebrações.

No decorrer de sua vida, São Francisco criou três ordens franciscanas. A primeira, em 1209, dos Frades Franciscanos, atualmente possui 36 mil representantes espalhados pelo mundo, dos quais 2 mil estão no Brasil. A segunda, em 1212, foi a das Irmãs de Santa Clara. Hoje, suas 22 mil representantes vivem em mosteiros espalhados por diversos países. Já a terceira, criada em 1221, recebeu o nome de Ordem Secular. Tem um milhão de representantes pelo mundo. Destes, 20 mil estão no Brasil.

Segundo frei Anselmo Júlio München, da Igreja Bom Jesus, pertencente à primeira ordem, São Francisco de Assis ficou conhecido como o protetor dos animais por acreditar que “todas as criaturas são criadas por Deus, sejam elas racionais ou irracionais”.

Vida

Francisco de Assis nasceu no final do ano de 1181 ou início do ano 1182, na cidade de Assis, na Itália. Filho de um rico comerciante, Giovanni di Bernardone, recebeu uma boa educação e era considerado um jovem cordial, alegre e bastante competente nos negócios, sabendo envolver os clientes devido à sua habilidade com as palavras. Despreocupado com a vida, passava grande parte das madrugadas vagueando com seus amigos pelas ruas da cidade. Vivia na luxúria e na riqueza. Gastava todo dinheiro que ganhava, sem se preocupar com o futuro.

Certo dia, ocupado com seus afazeres na loja de seu pai, expulsou de forma rude um mendigo que lá procurava ajuda. Mais tarde, tomou consciência do que fez e prometeu para si mesmo que nunca mais iria negar ajuda para uma pessoa necessitada.

Dotado de espírito aventureiro, aos 17 anos foi preso durante uma batalha entre Assis e Perugia. Ficou detido durante um ano. Saiu da cadeia bastante doente e enfraquecido, permanecendo um longo período em estado meditativo a fim de rever seus conceitos de vida. Recuperado fisicamente, percebeu que não gostava mais de sua vida antiga, envolta em fantasias, luxúria e riqueza material. A partir disso, a meditação passou a fazer parte de sua rotina cotidiana. Um dia, na caverna onde costumava meditar, encontrou um leproso. Sua primeira reação foi de repulsa, mas, em seguida, resolveu ajudá-lo e doou a ele todo o dinheiro que tinha. Sem preconceitos, nojo ou medo, beijou a mão do homem doente.

Dias depois, entrou na Igreja de São Damião para rezar diante de um crucifixo e ouviu um chamado de Cristo. Este lhe pedia que reconstruísse a igreja, que estava em más condições de conservação. Imediatamente, Francisco juntou pedras e começou a trabalhar.

Em determinado momento, recebeu a visita de um velho amigo, que o convidava para voltar sua vida antiga. O jovem recusou, se desfez de tudo que tinha e se juntou aos pobres e leprosos. Seu objetivo era servir a Deus, trabalhando em suas obras.

Em 1223, criou o primeiro presépio do mundo. No dia 14 de setembro de 1224, no Monte Alverne, localizado nas proximidades de Assis, pediu a Deus para sentir o que Jesus sentiu no dia de sua crucificação. Foi atendido, recebendo chagas nos pés, nas mãos e na altura do coração.

Morreu na tarde do dia 3 de outubro de 1226. Seu sepultamento ocorreu no dia seguinte, na Igreja de São Jorge, em Assis. Francisco de Assis foi canonizado em 16 de julho de 1228.

Oração

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz,

Onde houver ódio, que eu leve o amor,

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,

Onde houver discórdia, que eu leve a união,

Onde houver dúvida, que eu leve a fé,

Onde houver erro, que eu leve a verdade,

Onde houver desespero, que eu leve a esperança,

Onde houver tristeza, que eu leve alegria,

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais

consolar que ser consolado;

compreender que ser compreendido,

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe

é perdoando que se é perdoado

e é morrendo que se vive para a vida eterna

Amém.

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