Devastação de florestas no Noroeste preocupa IAP

Compreendendo as regiões de Maringá, Paranavaí, Cianorte e Umuarama, e somando acima de 50 mil km2, o Noroeste do Estado não dispõe de mais de 2% de cobertura vegetal nativa em sua área rural. As poucas reservas remanescentes existem em função de parques legalmente mantidos. Na maioria das propriedades rurais, o ecossistema é afetado diretamente tanto que, nessa região, predominam as maiores áreas de erosão que colocam em risco qualquer atividade produtiva, incluindo a pecuária de corte.

Diante desse quadro, os escritórios regionais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) alertam os proprietários rurais: segundo o Código Florestal Brasileiro, a propriedade deve ter no mínimo 20% de reserva florestal legal, ou seja, de cobertura por matas nativas. Nos imóveis rurais em que essa situação não ocorre, a recuperação dessas áreas deve começar imediatamente, segundo exige lei estadual.

Além de conservar e reflorestar as áreas de reserva legal, os agropecuaristas precisam proteger as chamadas áreas de preservação permanente, que são compostas principalmente pelas matas ciliares. Para isso, é preciso realizar um isolamento de 30 a 500 metros em cada uma das margens de beiras de rios, sangas, lagos, lagoas naturais e artificiais. a medida varia de acordo com a largura do recurso hídrico. Nas encostas e morros, onde a inclinação for superior a 45 graus, a vegetação deverá ser preservada de acordo com norma ambiental vigente. Evitar queimadas é outra providência importante, porque elas empobrecem o solo, poluem o ar, causam desequilíbrio biológico e podem provocar grandes incêndios.

Para o cumprimento dessas exigências legais, o produtor rural deve procurar o escritório do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de sua região, onde receberá as informações e encaminhamentos necessários para providenciar a regularização do imóvel no Sistema de Conservação, Manutenção e Recuperação das áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal – Sisleg e o averbamento junto ao registro de imóveis. Plantar árvores com fins preservacionistas nas áreas menos favoráveis à agricultura e pastagem é a orientação dos técnicos governamentais para recuperação de áreas rurais devastadas.

O restabelecimento das reservas legais contribui para o clima mais equilibrado, com chuvas bem distribuídas, proporcionando melhor produção agrícola e ambiente harmônico. O solo fica bem conservado, assegurando boas produtividades e sem erosão. Ar e água de melhor qualidade, rios menos assoreados e maior volume de água nos poços, minas e nascentes são a conseqüência natural da recuperação das áreas verdes.

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