Destroços no Capivari serão retirados

Está prevista para começar na segunda-feira a retirada dos destroços da ponte sobre a represa do Capivari, na BR-116, que estão submersos. Até amanhã, as equipes que trabalham no local vão terminar de retirar os entulhos que estão fora d?água.

De acordo com o engenheiro do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) e responsável pela obra, Ronaldo de Almeida Jares, uma equipe especializada de mergulhadores virá de São Paulo para fazer o trabalho. ?Estimamos que essa retirada deva levar cerca de 20 dias. Os blocos de concreto serão cortados pelos mergulhadores e depois serão demolidos fora d?água?, explicou Jares.

Paralelamente, as equipes do DNIT estão fazendo avaliações da estrutura da ponte que ficou de pé. Já se sabe que as duas primeiras pilastras, do terceiro vão da ponte, terão de ser reforçadas.

Jares disse ainda que já foi definido o tipo de material que será usado na reconstrução da ponte. Serão feitos três vãos de 40 ou 45 metros de comprimento cada um – no dia 26 de janeiro, dois vãos da ponte que liga Curitiba a São Paulo desabaram. Os pilares e as fundações serão de concreto e os engenheiros vão utilizar vigas de aço. ?Essa estrutura é mais leve. No entanto, a resistência é a mesma?, explica Jares.

Mas com essa escolha, a obra ficará mais cara. Jares afirma que os R$ 2 milhões liberados pelo governo federal serão insuficientes para realizar o trabalho. ?Optamos por esse tipo de estrutura porque assim a construção será mais rápida e não extrapolaremos o prazo de seis meses para entregar a obra pronta?, disse.

Contenção

Já no aterro que fica abaixo da ponte que está funcionando, as obras de contenção estão quase prontas. Depois do grampeamento do terreno, da colocação dos tirantes e o concreto projetado feito na saia do aterro, só falta concluir a colocação das estacas-raízes sobre as quais será feita uma espécie de muro de contenção. Até agora, já foram fixadas 20 das 60 estacas.

O aterro debaixo da ponte que caiu também receberá um reforço na contenção. Jares disse que será construída uma parede atirantada no local. ?Mas o maciço está se movimentando bem menos. Acredito que ele esteja chegando ao equilíbrio porque, nos últimos dias, tem escorregado pouco?, afirma Jares. Foram instalados 20 inclinômetros – aparelhos para medir o deslocamento do aterro – nas proximidades das duas pontes, para monitorar a movimentação de terra.

Balanças provisórias

Depois de entrar em acordo com o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem), o DNIT resolveu construir duas novas balanças na BR-116, que ficarão definitivamente instaladas na rodovia. O órgão havia instalado duas balanças na estrada – uma no quilômetro 56, no sentido São Paulo, e outra no quilômetro 36, no sentido Curitiba.

No início da semana, o Ipem vistoriou a balança instalada no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) – km 56 – e determinou que a base do equipamento fosse refeita. ?A base da balança ficou muito curta e, conforme a velocidade que o caminhão chega, pode haver diferença na pesagem?, afirmou Ronaldo Almeida Jares, engenheiro responsável do DNIT.

Com o acordo firmado com o Ipem, as balanças provisórias continuarão monitorando o peso dos caminhões até o fim de março, quando devem estar prontas as novas balanças. De acordo com Jares, na estrada sentido São Paulo a balança será construída no quilômetro 57, num terreno já determinado. No sentido sul da rodovia, a balança será construída no km 37,5. (SR)

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