Desmarcada a greve dos 1.090 servidores da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) que trabalham no Hospital de Clínicas da UFPR, marcada para começar hoje. A categoria aceitou a proposta da reitoria, que ofereceu um reajuste de 7,25% na remuneração, no vale-alimentação e no auxílio-creche.
O acerto foi decidido em uma assembleia na última sexta-feira, na qual participaram 250 servidores que trabalham nas áreas de manutenção, transporte, zeladoria, lavandeira, auxiliar de enfermagem e de escritório. “Satisfeito nós não ficamos, mas decidimos que, pelo momento, essa não seria a melhor hora para fazer a greve”, afirma o diretor de esporte e cultura do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR), Eduardo Scotti. Calculando a inflação de 4,8%, ele aponta o aumento real de 2,45% para os servidores. O salário dos funcionários varia entre R$ 870 e R$ 9,7 mil.
Além do reajuste, os técnicos também conquistaram a garantia de transparência nos processos de transposição de cargos. Scotti conta que até então o anúncio de novas vagas nos departamentos ficava restrito a poucos profissionais, deixando de fora muitos que investiram na capacitação. “O acordo coletivo prevê a criação de uma comissão, que irá divulgar as vagas para os técnicos”, diz. Os servidores esperam ainda uma reposição das perdas histórias, prometida pelo reitor Zaki Akel Sobrinho para os próximos cinco anos.
Federais
Enquanto isso, a greve nas instituições federais de ensino, iniciada há mais de 15 dias, já atinge 46 universidades federais e mais dois institutos de ensino tecnológico, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). No Paraná, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) aderiram ao movimento. A principal reivindicação é a revisão do plano de carreiras. O Ministério do Planejamento adiou a reunião de negociação marcada para a semana passada.