Delegacias de Maringá estão lotadas de carros

As delegacias em Maringá, noroeste do Estado, estão enfrentando um problema que está se arrastando há anos. Os pátios estão superlotados com veículos apreendidos, que ficam expostos às condições do tempo e estão representando um risco para formação de focos do mosquito transmissor da dengue. A falta de espaço é tanta que em alguns locais há carros empilhados, para que todos caibam no local.

De acordo com o promotor de justiça da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público em Maringá, José Aparecido da Cruz, existe uma ação correndo na Justiça para que o Estado dê um destino correto para esses veículos.

A motivação do processo, ingressado pelo Ministério Público (MP) em 2003, seria para evitar que o cidadão que fosse recuperar o seu automóvel processasse o Estado por não cuidar bem do seu patrimônio.

O promotor revela que perderam em primeira instância, mas já apelaram e a ação pode ser julgada em breve. “Acredito que a ação do MP é para evitar que o Estado sofra futuros processos por conta disso. Só queremos que haja um espaço adequado para receber esses automóveis e também para evitar que tenha focos da dengue no local”, diz.

O delegado-chefe da Polícia Civil em Maringá, Márcio Vinícius Ferreira Amaro, confirmou que existe a superlotação e que há aproximadamente 400 veículos, entre automóveis e motos.

“Esse problema já é antigo. Nós e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) estamos tentando alugar um barracão para que possamos realocá-los para esse espaço. Em outros municípios, como Foz do Iguaçu e Londrina, essa prática foi adotada e deu certo. O problema é que o metro quadrado em Maringá é caro e não achamos um espaço que se enquadre dentro do orçamento”, explica.

Ele revela que muitos dos veículos têm condições de uso, mas que podem ficar inutilizáveis por conta dessa situação. O delegado também está preocupado com os focos da dengue. “É uma situação ruim, porém, não podemos simplesmente nos desfazer desses veículos”, encerra.