CVV combate o suicídio em todo o País

O Centro de Valorização à Vida (CVV) completou 25 anos em Curitiba. No País, porém, está há 43 anos no combate ao suicídio. Por conta da crescente procura, o centro foi reconhecido pelo Ministério da Saúde como serviço de utilidade pública, e ganhou o número público 141. E é justamente nesta época do ano que o número de ligações aumenta até 30%.

Atuando 24 horas, o CVV atende em média de quarenta a sessenta ligações. Em 2004, em Curitiba, foram atendidas 18 mil ligações, à procura de um apoio emocional. No Brasil foram mais de um milhão de apoios prestados no mesmo período. ?Nós atendemos as pessoas que estão angustiadas e não têm com quem conversar. Ou até as que estão pensando ou tentando a auto-destruição fatal. É um pronto-socorro emocional, daquele momento de dor de alma?, explica o coordenador da CVV na região sul, Quintino Dagostin.

De acordo com ele, o que assusta são os índices. ?Os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2000, indicam que o Brasil chegou a um milhão de autolesões fatais. Isso preocupa o CVV, que é a única entidade que atua diretamente nesse combate?, afirma. A necessidade e busca pelo serviço também aumenta. ?Infelizmente, muita gente precisa de ajuda e as pessoas não param para conversar ou não têm tempo de ouvir?, lamenta Quintino.

Voluntários

As pessoas que atendem no CVV são todas voluntárias. Em Curitiba trabalham 47 voluntários maiores de 18 anos e de diversas áreas. ?Temos médicos, advogados, donas de casas, aposentados, estudantes, psicólogos. Mas sempre há falta de voluntários. Seria bem melhor se tivesse mais, pois teríamos condições de ter mais linhas?, sugere Quintino.

No Brasil, funcionam 58 postos de atendimento do CVV. No Paraná, estão em Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais e Curitiba. Na capital, além de atender nos números (41) 3342-4111 e 141, o CVV atende das 7h às 18h na Rua Carneiro Lobo, 35, no bairro Água Verde. O serviço é prestado no anonimato e sob sigilo, o que, segundo Quintino, dá mais condições para a pessoa se abrir e falar sobre o que lhe aflige. 

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